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Enfermeira reinfectada por Covid diz que pegou o vírus com colega de trabalho

A enfermeira  Lilia Almeida Veiga, 66 anos, ficou surpresa ao receber o resultado do teste para Covid-19 e saber que estava, mais uma vez, infectada pelo vírus. Ela trabalha no Hospital Geral do Estado (HGE) há 26 anos e teve coronavírus em abril. No último dia 4 de dezembro começou a sentir os sintomas e no último dia 11 de dezembro recebeu a confirmação, por exame, que o resultado era positivo para Covid.  

“Quando descobri fiquei surpresa. Não esperava, principalmente quando descobri que a contaminação da segunda vez foi através de um colega de trabalho, um médico que peguei carona para o interior. Ele não sabia que testaria positivo naquele dia. Fiquei um pouco com medo. Mas a primeira vez foi pior, principalmente os sintomas. Desenvolvi um quadro de ansiedade, acordava durante a noite pensando que ficaria sem respirar, mas superei”, conta Lilia. 

A profissional, formada em Enfermagem, atua também no hospital de Flexeiras e relata que não precisou ficar internada, nem no primeiro contágio nem agora. Ela segue em isolamento em casa, se recuperando do segundo contágio pelo coronavírus.  

“Iniciei os sintomas mais ou menos no dia 4 de dezembro com um queimor na garganta, sensação de como tivesse com crise de amigdalite. Dessa vez fiquei alerta e no dia 8  solicitei à médica que estava no setor medicando os pacientes pra pedir o PCR. Disse que gostaria de fazer e ela prontamente preencheu o formulário de notificação. Chamei a funcionária do laboratório que fez a coleta”. 

Lilia diz ainda que no último dia 11 “estava viajando para o interior quando recebi uma ligação do GVT, setor HGE, comunicando que o meu resultado era positivo pra Covid”.  

“Tive Covid em abril e não precisei ser internada ao apresentar sintomas de tosse. Via esse sintoma como de sinusite. Com o passar dos dias achei estranho pois não melhorava com antialérgico. Iniciei a automedicação com azitromicina e ivermectina, foi quando resolvi procurar o meu plano e solicitar o teste PCR”. 

Foi no trabalho no HGE que Lilia se infectou pela primeira vez. “Usava equipamento de proteção, tipo máscara e luvas. Porém, a máscara facial tivemos que comprar pois no início o hospital não ofereceu à equipe de enfermagem, como a N95 também”, revela Lilia. 

“Estava registrando algo num prontuário quando fui chamada com urgência pra socorrer uma senhora que estava passando mal. Esqueci da máscara facial e a mesma respirou no meu rosto. A partir desse dia iniciei o sintoma de tosse. Na minha família ninguém foi contaminado. Mantivemos o distanciamento”.