Você já se notou repetindo algum padrão familiar? Ou tem alguma questão mal resolvida em algum aspecto da sua vida? Existe um método que pode te ajudar a destravar algumas questões da sua vida: a Constelação Familiar. Ela foi criada pelo teólogo, filósofo e pesquisador alemão Bert Hellinger (1925-2019) que leva em consideração conceitos energéticos e fenomenológicos.
A constelação é considerada uma prática terapêutica que busca resolver conflitos familiares que atravessam gerações. Para explicar mais como esse método funciona, o Eufemea conversou com a Mastercoach e Consteladora Familiar, Michelli Larissa.
Os benefícios da constelação são inúmeros. Ela ajuda a liberar energeticamente o que está atrapalhando a sua vida e traz uma virada de chave na forma de pensar. Ela é capaz de liberar traumas, tristezas, medos, entre outros.
Constelação substitui terapia?
Um ponto importante que deve ser ressaltado: a constelação familiar não busca substituir a terapia. “Ela é uma ferramenta que possibilita ver os estados emocionais, sentimentais e comportamentais de uma forma mais ampla”, explicou Michelli.
A consteladora comentou que depois de fazer a constelação, a pessoa pode continuar o processo dentro da terapia sistêmica. “É você olhar de forma mais ampla os problemas e soluções”.
Um dos principais problemas que as pessoas enfrentam é a relação com a família, mas apesar do nome carregar o ‘familiar’, a constelação pode trabalhar qualquer problema amoroso, profissional, saúde, dinheiro, doença, entre outros.
Michelli explicou que no caso de constelar a família não é necessário que todos os familiares participem da constelação de forma presencial.
“Na verdade, cada um constela você e aí você vai entender o papel que tem diante da sua árvore genealógica”, comentou.
As três leis do amor
A Constelação se baseia em três conceitos conhecidos como Leis do Amor que atuam consciente e inconscientemente em todos os sistemas de relacionamentos. São elas: a lei do pertencimento, lei da ordem ou hierarquia e equilíbrio.
Como funciona a constelação?

Ela pode ser individual ou em grupo. Durante a sessão são recriadas algumas cenas que envolvem sentimentos e sensações que o constelando tem sobre aquele determinado assunto que ele levou.
A individual funciona apenas com a consteladora e o cliente. Caso seja de maneira coletiva, algumas pessoas participam como voluntários e os participantes vivem essas cenas. Nas individuais são usados bonecos, âncoras, pedras, entre outros.
“Hoje eu constelo a partir de cinco anos qualquer pessoa, mas crianças e pessoas inválidas preciso de autorização. O formato da criança é diferente, precisa ser uma técnica mais infantilizada para que a criança de forma espontânea”, disse.
“O papel do constelador é ser o observador do campo morfogenético apresentado dentro da constelação familiar. Ele é o observador e o analista sobre o que está sendo apresentado, como você se posiciona e como é seu olhar perante a família. Ele vai fazer um movimento sistêmico para identificar e desbloquear”, concluiu.