Elas haviam acabado de concluir uma reforma no prédio quando foram surpreendidas pelo decreto que determinou o fechamento das academias e outros estabelecimentos como prevenção ao coronavírus. De portas fechadas, se viram “à mercê da sorte”, como relata a educadora física Alessandra do Nascimento Pereira Cabral, que apostou todos os recursos no próprio negócio e hoje, juntamente com a sócia Sylvia do Nascimento Pereira, amarga o prejuízo causado pelo vírus para a saúde e a economia mundial.
O Eufêmea conversou com Alessandra, dona de uma academia exclusivamente para mulheres, na parte alta de Maceió. “A situação é bem desanimadora, pois tínhamos acabado de fazer uma reforma para ampliar nossa academia e assim disponibilizarmos um espaço mais amplo e com novas modalidades para nossas alunas. E com exatos 15 dias de reinaugurada, tivemos que fechar devido ao decreto. No entanto, para realizar a obra gastamos muito e para arcar com todas as contas precisamos receber das alunas, já que não nos encaixamos em nenhum auxílio do governo, por sermos microempresa, mas não faturar tanto quanto o que eles estabeleceram”, conta. .
Ela diz que “cerca de 50% das alunas continuam pagando a mensalidade, que foi reduzida a 50% do valor integral, pois ofertamos apenas as aulas on-line”.
Com o caixa reduzido pela metade, as professoras também foram atingidas. “Temos duas professoras. Os contratos estão ativos, porém como o pagamento é feito de acordo com as horas aulas dadas, infelizmente, estão sem receber nesse período”, diz Alessandra. .
Hoje, as empreendedoras, que vivem unicamente da academia, buscam alternativas para quando o isolamento social for encerrado. “Uma estratégia que estamos pensando em adotar é suspender algumas aulas coletivas e fazer aulas individuais ou com no máximo quatro pessoas em sala. E na área da musculação também reduzir ao máximo o número de pessoas por hora, utilizando o sistema de hora marcada”, revela Alessandra, que vai também redobrar os cuidados com a higienização do local.