A dentista Ivna Oliveira, de 41 anos, tinha uma certeza na vida: que queria ser mãe. Casada com o empresário, João Ribeiro, de 33, Ivna não imaginava que o destino do casal seria ter duas filhas gêmeas que foram frutos da adoção.
Antes das gêmeas Alice e Clara chegarem, Ivna estava em processo de fertilização. “A gente também tinha entrado com ação de adoção, mas na época eu sabia que seria mãe de alguma forma: ou pela fertilização ou pela adoção”.
A dentista disse que sabia que a adoção seria algo demorado já que muitas pessoas acabam ficando anos na fila. “Mas quando eu estava fazendo o processo de fertilização, eu fui chamada para adoção e tive que optar se continuava com a fertilização ou se adotava, e eu quis adotar”.
Ivna disse que as pessoas ainda ligam à adoção ao fato da mulher não poder ter filhos. “Mas comigo não foi assim. Eu queria ser mãe independente da forma que fosse”.
Ivna disse a adoção ainda é um processo lento e que tem amigas que estão há anos na fila. “Apesar disso, eu achava que ia demorar comigo, mas a minha habilitação acabou saindo rápida e eu vi que Arapiraca os processos aconteciam mais rápido. Foi por lá que eu dei entrada”.
“Quando a gente se habilita no cadastro nacional da adoção você determina como você quer a criança. Quanto mais você restringe, mas demora você ser pai”, explicou. As únicas exigências de Ivna foram: que fosse uma menina de até 02 anos.
“Nesse período que estava fazendo tratamento, fiz a fertilização e eu tive cinco óvulos e desses cinco, todos viraram embriões. Eu estava crente que ia engravidar, mas não aconteceu e foi um baque”.
Após essa situação, Ivna demorou mais um tempo para se recuperar do ocorrido e começou a tentar novamente engravidar. Foi numa terça-feira, 11 de outubro de 2016, que a dentista recebeu a ligação de uma assistente social. “Eu achei cedo porque fazia poucos meses que eu tinha entrado com o processo. Não acreditei que tinha chegado a minha hora”.
“Foi quando ela me disse tinham três casais na minha frente que aceitavam gêmeas, mas que não podiam ficar com as meninas e perguntou se eu me interessava”, contou ao Eufemea.
Segundo ela, a família se uniu e ajudou ela e o esposo para que eles montassem um enxoval de urgência para receber as duas.
Hoje, as meninas estão com 4 anos e Ivna sente-se totalmente realizada. “Sempre quis ser mãe e Deus me preparou. Tive muito apoio do meu esposo também”.
A alagoana disse ao Eufemea que ela não se sente diferente de ninguém e que o amor pelas filhas é imenso. “Elas são inteligentes e uns raios, mas somos loucos por elas”.