Foram 30 dias seguidos de uma forte dor de cabeça, até que ela decidiu procurar um oftalmologista, acreditando tratar-se de problema na vista. O médico pediu que recorresse a um neurologista e após exames veio o diagnóstico que Rute Rodrigues Tenório Filha, 35 anos, não imaginava receber: estava com um tumor cerebral. Passados nove meses da descoberta do tumor na região da glândula pineal, com aumento considerável de tamanho, ela corre contra o tempo para fazer uma cirurgia e recuperar a saúde.
O custo total da cirurgia é de R$ 117.062,81. Dinheiro que nem Rute nem a família dispõe. Daí, ela teve a ideia e lançou uma ‘vaquinha’ virtual para tentar conseguir o montante e assegurar o procedimento. O Eufemea conversou com Rute, que contou sua história e a luta pela vida.
“Descobri depois de ter dores de cabeça 30 dias corridos e aí pensei que era vista, mas o oftalmologista disse que não eram justificáveis as dores de cabeça e me orientou a procurar um neurologista, foi quando fiz exames e descobri”, ela conta.
Os sintomas vão desde pressão na cabeça à visão turva, com risco de morte. Já as sequelas, diz Rute, “são perda de visão, esquecimento, problemas neurológicos. Não existe mais tratamento medicamentoso. A cirurgia será feita em Curitiba (PR)”, informa.
Desempregada, ela conta que mora com a família e recorre à fé para enfrentar o problema. “Me sinto bem, pois creio no amor e cuidado de Deus na minha vida”, afirma Rute, mãe de uma jovem de 17 anos.
Doença e perda da mãe
Na sua rede social Instagram, ela tem divulgado a campanha e vídeos pedindo apoio para conseguir realizar a cirurgia e onde detalha também todo o processo, da descoberta à luta pelo tratamento.
“Há nove meses, eu fui diagnosticada com um tumor na hipófise. Eu vinha sentindo muitas dores de cabeça e resolvi fazer uma ressonância, que detectou um tumor na hipófise. O médico pediu uma outra mais específica, para ver melhor. E aí descobriu que tinha também um cisto na glândula pineal. Fui para o neurologista no final de setembro, mas em outubro minha mãe adoeceu e precisou fazer uma cirurgia cardíaca e aí tive que dá atenção a ela na UTI, que era humanizada e precisava de uma pessoa com ela”, lembra Rute.
Rute revela que ficou com a mãe praticamente 100% do tempo, “dia e noite. Eu não tinha nem como me preocupar comigo diante da situação dela, que contraiu uma bactéria, teve muitas complicações e depois de três meses na UTI veio a falecer, no dia 27 de janeiro (do ano passado). E aí, depois disso, foi quando eu pude atentar mais para o meu problema”.
Com a pandemia do novo coronavírus, conta, “os médicos pararam de atender e eu tive que esperar mais dois meses e quando voltei para o médico, e fiz outra ressonância, o tumor já tinha aumentado. O que era apenas um cisto líquido, virou uma massa palpável e dobrou de tamanho e aí veio a necessidade da urgência de fazer uma cirurgia porque esse tumor estava crescendo de uma forma muito rápida. Na verdade, dobrou de tamanho em quatro meses e depois eu fiz outra ressonância, ele já tinha aumentado um pouco mais”, ela diz, ao ressaltar que há risco de o tumor provocar uma hidrocefalia.
“Se isso acontecer, eu posso perder a visão, entrar em coma e muitas outras sequelas. O que o médico adianta é que eu deveria fazer a cirurgia o quanto antes para não abusar da sorte, foi a palavra que ele usou, porque tendo uma crise é certeza de sequela. Fazendo a cirurgia antes, eu posso não ter nada e ficar bem. Pode acontecer de ficar alguma sequela, porque toda cirurgia tem esse risco, mas a probabilidade de ter sequela é mínima”, diz Rute.
Uma amiga a convidou para ir a Curtiba, indicou um médico. “Falei para ela que estava sem condições, que estava sem trabalhar e aí ela mesma se dispôs a comprar as minhas passagens e eu fui, fiz a consulta com o médico. Ele disse que se eu tivesse com tudo pronto, eu ficaria e nessa mesma semana ele já faria a cirurgia, porque a indicação é de fazer o quanto antes”, ela informa, ao dizer que apesar da ajuda que tem recebido desde que iniciou a vaquinha virtual, ainda está muito distante de obter o valor necessário.
“Tem o pós-operatório, precisa ter uma pessoa me acompanhando, que no caso vai ser a minha filha, vou ter despesas com hospedagem, alimentação, medicação”, lembra.
Quem puder contribuir, pode fazer transferência ou depósito para as seguintes contas:
Banco do Brasil
Agência: 2332-9
C/Corrente: 20972-4
Rute Rodrigues Tenório Filha
Caixa Econômica
Agência: 1545
C/Corrente: 22456-6
CPF: 062.682.014-69
Rute Rodrigues Tenório Filha