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“O autoconhecimento sexual vem a partir da masturbação”, afirma educadora em sexualidade

(Foto: Think Stock)

Você conhece o seu próprio corpo? Sabe onde sente prazer e o que gosta? O que te excita? Uma rápida pesquisa feita na rede social do nosso Portal que perguntava se a mulher conhecia a vulva dela mostrou o quanto ainda sentimos vergonha ao falar desse assunto. Afinal, apenas duas mulheres disseram que conheciam As outras sequer responderam. Mas como chegar a esse autoconhecimento? Segundo a educadora em sexualidade, Laylla Brandão, o autoconhecimento vem a partir da masturbação.

Em entrevista ao Eufêmea, Laylla Brandão  falou sobre o autoconhecimento corporal e ressaltou que ele é importante não apenas no momento que você está se envolvendo com outra pessoa, mas também para si mesmo.

“A gente fala do reconhecimento da nossa genitália, pode ser vulva, pode ser pênis, e entendendo as estruturas dele, onde é, por exemplo, o canal vaginal onde é que acontece a penetração. Os nossos pontos de prazer principalmente”, explicou.

A especialista reforçou que não só a vulva têm pontos eróticos excitáveis. “O nosso corpo inteiro tem. Então esse autoconhecimento não se diz respeito apenas a nossa vulva, mas também para o corpo. Em que local gosto de ser tocada? É no pescoço? na pele? na perna?”.

Laylla disse que cada pessoa vai ter um mapa que excite ela. “Nada é igual para ninguém”. Porém, todas as mulheres possuem algo em comum: o clitóris. 

“O clitóris é o único órgão feminino que tem a única função de nos dar prazer”. Por isso, a especialista reforça que é importante o reconhecimento dessa vulva é interessante.

“Ela é cheia de pontos excitáveis. Reconhecer a estrutura da vulva, os grandes lábios, os pequenos, o clitóris, é entender como que a mulher quer ser tocada para levar o sexo ou a masturbação”, reforçou.

“O homem, ele já tem toda essa facilidade da masturbação, porque, culturalmente, eles são incentivados a isso desde sempre. Então esse homem sabe como estimular, mas ele sempre estimula de uma única forma que é o vai e vem do movimento peniano. Mas existem outras”, comentou.

Já a mulher, quando ela conhece a sua vulva que reconhece o seu clitóris, que é o órgão do prazer, ela consegue entender que vários pontos desse clitóris pode ser estimulado. “Pode ser dentro do canal vaginal, onde a gente chama do ponto G”.

Laylla disse que a mulher pode chegar ao orgasmo não apenas esquecendo a vulva. Mas “se a mulher começa a mentalizar o sexo, os momentos de prazer, ela consegue ganhar um nível de excitação tão grande que qualquer movimento consegue ofertar ela um orgasmo”.

A educadora disse que entregar o prazer na mão de outra pessoa não é indicado. “Porque na verdade o outro não conhece seu corpo não sabe o que é que você sente no momento que é tocado”.

Reconhecer a vulva, segundo Laylla, vai trazer mais independência sexual e apropriação do corpo. “Quanto mais a gente se conhece e reconhece o nosso prazer, muito mais fácil de ter e obter o prazer em qualquer momento que você desejar”.

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Raíssa França

Cofundadora do Eufêmea, Jornalista formada pela UNIT Alagoas e pós-graduanda em Direitos Humanos, Gênero e Sexualidade. Em 2023, venceu o Troféu Mulher Imprensa na categoria Nordeste e o prêmio Sebrae Mulher de Negócios em Alagoas.