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Alagoana reencontra paixão pelo bordado durante maternidade: “Bordar me traz equilíbrio”

A história de Isolda Lira com o bordado começou por volta dos nove anos. Quem a ensinou a bordar o ponto-cruz foi a tia dela. A paixão foi imediata. Hoje, a alagoana Isolda tem 28 anos, é fisioterapeuta e foi com a chegada do primeiro filho Antônio, em abril deste ano, que ela reencontrou a arte e não parou mais.

Isolda contou ao Eufêmea que tudo começou na infância com a ajuda da tia. “Eu amava! Ela me ensinou e me deu vários materiais: tecido, linhas, agulha e até um organizador de linhas”, disse.

Mas durante a adolescência, Isolda ‘esqueceu’ do bordado e se dedicou aos estudos. “Na faculdade não tinha tempo. Em 2015 tive vontade de bordar e comprei novos materiais. Num dia, vi minha sogra bordando, mas era bordado livre e me encantei. Procurei na internet alguns tutoriais e aprendi. Aí virou minha paixão, uma terapia mesmo. Não parei mais”, afirmou.

Para ela, o bordado é arte. Ele é como ela se expressa, exerce a criatividade, colocando carinho e amor nas peças. 

E esse reencontro com o bordado aconteceu ainda quando Antônio estava na barriga. Isolda fez questão de bordar o porta-maternidade e uns quadrinhos para o quarto do bebê. “São peças únicas e que ele pode guardar como recordação”.

Ela destacou que o puerpério é uma fase difícil e que ela precisava de algo que a equilibrasse. “Então, mesmo com pouco tempo, eu bordava um pouquinho e me ajudava a me conectar comigo mesma. Me faz muito bem”.

Sem trabalhar por causa da licença-maternidade e por causa da pandemia causada pelo novo coronavírus, Isolda disse que se viu fora do mercado de trabalho e quis unir a paixão por bordar com a vontade de trabalhar. Foi aí que ela abriu vagas para encomendas e criou uma conta no Instagram chamada Miga que Borda (@migaqueborda).

E as encomendas chegaram. Ela associa essa busca pelo bordado com a necessidade das pessoas olharem mais para dentro de casa por causa da pandemia.

“Acredito que muita gente passou a valorizar mais as relações e sua própria casa. Todo mundo quer deixar seu cantinho mais aconchegante, com a sua cara. Além do mais, presentear é sempre uma delícia e o feito à mão é especial. Tudo é pensado, desde o desenho até as cores do bordado. É um carinho em forma de arte”, explicou.

Raíssa França

Raíssa França

Cofundadora do Eufêmea, Jornalista formada pela UNIT Alagoas e pós-graduanda em Direitos Humanos, Gênero e Sexualidade. Em 2023, venceu o Troféu Mulher Imprensa na categoria Nordeste e o prêmio Sebrae Mulher de Negócios em Alagoas.