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Alagoanas comemoram oficialização do casamento: “Era nosso sonho ter o sobrenome uma da outra”

Foto: Cortesia ao Portal

Sete anos de relacionamento, uma filha de 1 ano e dez meses, e a conquista de algo que duas alagoanas sempre sonharam: oficializar a união através do casamento. O Eufemea traz a história da estudante Lenise da Silva Lima Lopes de 26 anos e Francinara Maria Lopes da Silva, 31 anos, psicóloga, que se casaram durante a ação da Justiça Itinerante realizada no último dia 24 de setembro.

Segundo Lenise, o primeiro contato dela e da Francinara foi no ponto de ônibus de Maceió. “Depois trocamos os números e passamos a conversar por aplicativo”, contou.

Essa conversa rendeu um relacionamento de sete anos. “Quatro anos de namoro e três anos que estamos morando juntas”, disse.

Apesar de já morarem juntas, e se sentirem casadas, oficializar a união era algo que as duas almejavam. Ambas comemoraram a oficialização do casamento. “Agora sabemos que ao menos na teoria teremos todos os direitos assegurados por lei”, explicou Lenise.

A estudante disse que oficializar a união também vai além dos direitos. “Era o nosso sonho e desejo ter o sobrenome uma da outra”.

Desafios do casal

O maior desafio para o casal é o reconhecimento do relacionamento como uma relação válida.

“Temos sempre a impressão que os familiares acham que é somente fogo de palha ou uma fase”, afirmou Lenise.

Outro desafio encontrado é com relação à maternidade. O casal decidiu fazer inseminação caseira, mas de acordo com a estudante, “sempre tem alguém invalidado a mãe não gestante ou fazendo perguntas sem nexo”.

Da inseminação, nasceu o fruto do amor de Lenise e Francinara: a pequena Melina, de 1 ano e 10 meses, que trouxe novos desafios.

“Todo esse processo nos fez amadurecer bastante e despertou o interesse e a necessidade de exercer a militância de forma mais ativa, coisa que antes do casamento e da maternidade não fazíamos”, concluiu a estudante.

Raíssa França

Raíssa França

Cofundadora do Eufêmea, Jornalista formada pela UNIT Alagoas e pós-graduanda em Direitos Humanos, Gênero e Sexualidade. Em 2023, venceu o Troféu Mulher Imprensa na categoria Nordeste e o prêmio Sebrae Mulher de Negócios em Alagoas.