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Mudanças de humor frequentes e medo do abandono: entenda o que é transtorno borderline

Você sabe o que é o transtorno da personalidade borderline? Conhece alguém que tem o transtorno? Convidei a médica psiquiatra Tatiana Santos Loureiro para falar sobre o assunto e esclarecer as principais dúvidas.

Segundo Tatiana, conforme a definição citada no DSM-5, um transtorno da personalidade é um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é difuso e inflexível, começa na adolescência, ou no início da idade adulta, é estável ao longo do tempo e leva a sofrimento ou prejuízo.

O transtorno da personalidade borderline (TPB) é definido como um padrão de instabilidade nas relações interpessoais, autoimagem e afeto, além de impulsividade, levando a comprometimento funcional e desconforto subjetivo.

A prevalência gira em torno de 1,6%, podendo chegar a 5,9%, sendo mais comum em mulheres do que em homens.

Características de quem tem o transtorno

Mudanças de humor frequentes, extrema imprevisibilidade, comportamentos autodestrutivos repetidos, baixa tolerância à frustração, sentimentos crônicos de vazio, falta de senso de identidade coerente e medo do abandono são algumas das características clínicas das pessoas com transtorno borderline, que evoluem com períodos mais agudos ou não dentro da cronicidade característica do mesmo, a depender de terapêutica individualizada instituída.

Qual o tratamento?

Vinculação com os profissionais de referência torna-se componente fundamental da terapêutica desses pacientes, que inclui psicoterapia e medicamentos como antipsicóticos, estabilizadores de humor, antidepressivos e ansiolíticos, úteis para minimizar o comprometimento funcional e tem como sintomas alvo, por exemplo, controle da raiva, hostilidade, humor deprimido, comportamento impulsivo e ansiedade.

Observa-se, na prática, que os indivíduos que mais aderem ao processo psicoterápico, proporcionam a si e às suas relações interpessoais menor grau prejuízo e maior adesão, também, ao acompanhamento com psiquiatra. É fundamental o asseguramento do suporte a essa população, com uma rede de apoio organizada, objetivando minimizar a intensa vulnerabilidade a qual estes indivíduos estão sujeitos.

Tatiana Santos Loureiro, médica psiquiatra. CRM-AL 5288. Formada em medicina na UNCISAL e com residência médica em psiquiatria na UNCISAL. Atua nas esferas pública e privada. Formada em Terapia do Esquema pelo Instituto de Educação e Reabilitação Emocional (INSERE).

Estou no Instagram: @vinculos.psi

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Natasha Taques

Psicóloga clínica (CRP-15/6536), formada em Terapia do Esquema pelo Instituto de Educação e Reabilitação Emocional (INSERE), Formação em Terapia do Esquema para casal pelo Instituto de Teoria e Pesquisa em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental (ITPC).