Um adolescente de 17 anos matou a facadas uma garota de 15 anos na cidade de Junqueiro, em Alagoas. O crime foi registrado nesta quarta-feira (22) e chocou a população. Segundo a Polícia Civil, o garoto foi apreendido e com ele estavam alguns desenhos de arma, de um homem matando uma mulher com uma faca e palhaços.
A Polícia Civil também acredita que ele tem um comportamento que não é considerado ‘normal’ do ponto de vista psicológico. “Ele aparenta ser perturbado psicologicamente; o pai morreu em um acidente; o tio se suicidou; a mãe mora no Rio de Janeiro, e residia atualmente com a irmã em Junqueiro”, acrescentou o delegado Arthur César.
No entanto, o que mais chama atenção além do caso que é terrível, é a forma que foi tratado o caso: como um amor platônico que o suspeito nutria pela vítima e a matou.
Não existe crime passional quando se trata de feminicídio, pois o crime não está relacionado à paixão, mas sim ao menosprezo pela vida da mulher.
Alessandra Maria de Araújo, de 15 anos, foi brutalmente assassinada enquanto retornava da escola e segundo informações, ela nunca quis ter nenhum relacionamento com o suspeito. ISSO não deveria ser motivo para matá-la, mas ele assim o fez.
A conduta da imprensa também é reflexo de como a polícia repassa as informações, mas é fundamental que a imprensa saiba como cobrir casos de violência contra a mulher.
Hoje não foi um bom dia para ser mulher. E não foi somente hoje, mas essa semana foi pesada: a menina de 11 anos que engravidou após um estupro, a procuradora agredida por outro procurador, entre outros casos que não ganharam tanta repercussão.
Sentimos a perda da Alessandra, de apenas 15 anos. Como mulheres, sentimos a dor em dobro. Mas reforçamos que não foi um crime passional. Foi um crime de ódio. Quem ama não mata.