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Alagoanas contam trajetória com a fotografia e falam de amor pela profissão

Créditos das fotos: Isadora Castro e Eduarda Castro

Fotografar é mais do que registrar momentos. É eternizar algo para alguém. Hoje, dia da fotografia, o Eufemea entrevistou duas fotógrafas que moram em Maceió e que falaram sobre a paixão pela profissão.

Registrando momentos e autorretratos através da câmera do celular, Thay Baracho começou com a fotografia para se divertir e despertar lembranças. Ao Eufemea, a fotógrafa conta como iniciou na área e sobre o impacto das imagens em seu cotidiano.

Apaixonada por fotografia, Baracho decidiu comprar sua primeira câmera em 2009, após cinco meses de economia. Na época, ela era jovem aprendiz em um hotel de Maceió e ganhava 300 reais.

“Com muito medo, mas muita vontade e apoio do meu marido raspei minha conta e fiz a loucura mais massa da minha vida, nem eu sabia onde aquilo iria me levar”, diz a fotógrafa.

“A fotografia me salvou”

Thay Baracho. Foto: Isadora Castro

Thay é formada em fisioterapia, mas apesar de amar ajudar as pessoas através da área da saúde, sentia que não se encaixava na profissão. De acordo com ela, a fotografia abriu portas para novas pessoas e lugares que nunca imaginou conhecer.

“A fotografia me salvou de uma vida de incertezas e possível falta de realização, de propósito”, relata.

Thay registra momentos de famílias, gestantes, partos, newborn lifestyle, casais e corporativo. “Eu fotografo pelos pais, para que eles possam olhar as fotos e voltar para aquele momento, afinal, eles crescem muito rápido e às vezes somos engolidos pela rotina e esquecemos de observar os detalhes. Eu fotografo pelos filhos, que dificilmente se lembrarão daqueles momentos, mas quando crescerem poderão olhar essas fotos e sentir todo o amor que envolvia eles”, declara.

Momentos eternizados

Ainda conforme Baracho, o impacto da fotografia na vida das pessoas foi reforçado durante os anos de isolamento social devido à pandemia da Covid-19. Ela destaca que em um momento tão frágil e incerto, as fotografias são vistas como acalento que mantém viva a memória dos que se foram.

“Uma vez uma cliente entrou em contato comigo para saber de uma foto que eu tinha tirado em seu casamento, a foto em questão era dela com a avó, essa que tinha acabado de falecer e era a última foto delas juntas. Desde então nunca mais olhei para uma fotografia com os mesmos olhos”, explica a fotógrafa.

De pai para filha

Crédito: Eduarda Castro

Já para Isadora Castro, o interesse pela fotografia foi despertado através de seu pai, entusiasta de registros e câmeras fotográficas. Com 15 anos, Isadora foi presenteada com sua primeira câmera e iniciou um curso de fotografia.

O hobby de adolescência por fotografia influenciou na escolha do curso superior. Isadora iniciou o curso de Publicidade e Propaganda por ter relação com a área de criação e fotografia.

“A fotografia sempre esteve em mim, desde antes de acabar o colégio já participava de concurso de fotografia, então é algo que me acompanhou desde a minha adolescência”, conta.

Propósito de vida

Após concluir o curso superior, Isadora colocou a fotografia em segundo plano e começou a atuar em outra área. No entanto, Castro relata que não trabalhar com o que ama a causou ansiedade e começo de depressão.

Com o incentivo de seu pai, ela começou a ver a fotografia de maneira profissional e não apenas como um hobby. “Comecei a me atualizar, me reciclar e identificar realmente o que eu gostava de fotografar com um propósito pra minha vida”.

Para Isadora, a fotografia tem o papel de eternizar momentos e ajudar com a autoestima, por isso todo registro transmite algum sentimento para quem vive a experiência.

“É um momento de autocuidado, de se ver de uma outra maneira, através de outra ótica. O momento da sessão de fotos é uma experiência que causa impacto para quem decide viver o momento”, conclui.

Rebecca Moura

Rebecca Moura

Estudante de jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas. Colaboradora do portal Eufêmea.