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O papel paterno: bons pais são os que estão em evolução e querem ser melhores para os filhos

“Não sabemos o dia de amanhã…Tudo que precisamos saber é que nos amamos”. (Charlei Mackesy)

Falar do papel paterno em uma visão científica afastando-me da minha experiência pessoal não é algo possível nesse momento. Então, permeando entre minhas experiências vividas, estudadas e observadas clinicamente, posso dizer que esse papel é muito importante na construção do indivíduo saudável.

O Pai é uma das nossas principais figura de apego, atuando de diferentes formas no avanço do nosso desenvolvimento. É importante dizer que hoje os pais se sentem mais conscientes e também autorizados a exercerem uma paternidade mais afetiva, o que coloco aqui: não é que antes os pais não amavam seus filhos, mas a sociedade esperava do pai uma postura de imposição de limites, força, segurança que muitas vezes tornava essa figura influente, porém inacessível.

Em minha experiência de vida pude conviver com um pai tranquilo, amigo, orientador, mas que não sentia-se à vontade em expressar seu amor através do afeto.

Sim, ele não aprendeu isso, como poderia fazê-lo? Então expressou seu amor dando a mim liberdade e responsabilidades. Quando faço uma análise transgeracional em minha própria história, vejo o quanto meu pai é um pai extremamente mais evoluído, presente e assertiv. O dele foi assim com ele e assim consecutivamente. É preciso olhar para trás para entender muitas vezes o nosso hoje.

Existem muitos estilos de parentalidade: alguns mais rígidos e punitivos que acreditam que sua firmeza e rédea curta irá moldar um filho melhor, outros liberais que dá ao filho mais liberdade do que deveria ter, talvez por acreditar que amar é agradar, e existem os assertivos que conseguem suprir de forma mais consciente as necessidades básicas emocionais dos filhos que envolve: segurança, afeto, validação, liberdade de expressão, empatia, autonomia, espontaneidade, lazer e limites realistas.

A questão é que os bons pais são aqueles que estão sempre buscando essa evolução, querem ser melhores para seus filhos e dão tudo de si nessa construção. Entendendo que a busca por assertividade é muito importante na saúde mental do filho, infelizmente os estilos parentais que fogem do assertivo causam efeitos colaterais indesejados nos filhos, gerando sofrimento muitas vezes proporcional a intensidade.

Então os pais precisam acertar sempre? Claro que não! Isso é impossível, os pais devem buscar serem mais assertivos possíveis e isso envolve errar e perceber, buscando assim reparar o erro. Lembre! O adulto é o responsável em conduzir a relação.

A paternidade é algo lindo mas também cheio de desafios e responsabilidades, então aqui deixo um grande abraço aos pais, em especial ao meu pai que amo imensamente, ao pai das minhas filhas que amo ver como é cada vez mais incrível em seu papel. Feliz dia dos pais!

Natasha Taques

Natasha Taques

Psicóloga clínica (CRP-15/6536), formada em Terapia do Esquema pelo Instituto de Educação e Reabilitação Emocional (INSERE), Formação em Terapia do Esquema para casal pelo Instituto de Teoria e Pesquisa em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental (ITPC).