Apenas uma candidata em Alagoas vai usar o nome social nas eleições do dia 2 de outubro, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Allissinha Ferraz é uma mulher trans, que nasceu em Arapiraca, no Agreste do Estado, atua como formadora de cabeleireiros e barbeiros, digital influencer, e agora, pela primeira vez, concorre ao cargo de deputada estadual.
Ao Eufema, ela afirma que foi motivada a entrar na política por acreditar que há a necessidade de leis mais brandas e severas para punir homens que agridem mulheres e abusam de crianças.
Para Allissinha, sua candidatura é um marco, por acreditar que, atualmente, Alagoas precisa de uma representatividade no meio LGBTQIAPN+.
Junto a isso, ela acredita que o meio político precisa também de mais mulheres no poder. “Para que essa esfera entenda que as mulheres precisam ser mais defendidas. Nós temos 57% da população votante feminina, mas um plenário de maioria masculino. Nós temos poucas mulheres no poder e essa é uma causa que eu entrei para lutar”.
Sobre as dificuldades em sua candidatura e o uso de nome social, a arapiraquense diz que seu nome ainda estava no sexo masculino na Receita Federal e no cartório eleitoral trocaram seu cpf. No entanto, conseguiu resolver a tempo de se candidatar.
Com relação aos seus objetivos na política, a candidata explica que conquistar um cargo na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) auxiliaria para que colocasse em prática a criação de uma fábrica de próteses capilares para mulheres com câncer.
“Para quem não pode comprar tanto mulheres, quanto crianças que perdem o cabelo através do tratamento de câncer. Através do projeto conseguir fazer essa transformação na vida dessa pessoa através de uma prótese capilar”, detalha o projeto.
A alagoana afirma que o cabelo, principalmente entre as mulheres, funciona como uma fonte de inspiração e sua perda durante o tratamento acaba afetamente a autoestima das pacientes.