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Por que algumas pessoas são mais propensas ao estresse?

Hoje, dia 23 de setembro, é o dia de combate ao estresse. Você sabia? E existem diferentes ações que visam minimizar seu efeito em nossas vidas, que buscam exercer resultado eficiente em seu combate, mas é perceptível como algumas pessoas são mais propensas a uma “absorção” e “manutenção” dos estímulos estressores, concordam?

A causa dessa maior facilidade em absorver o estresse pode estar relacionada à exposição precoce aos hormônios do estresse.

Todos nós herdamos de nossos familiares uma base genética que, de início, já irá influenciar na nossa capacidade de absorção dos estímulos estressores, mas uma coisa que talvez não seja tão bem compreendida, oxigênio, nutrientes, hormônios), bem como a formação de uma importante barreira protetora natural: a placenta, que tem a função de impedir que substâncias tóxicas alcancem o embrião, mas essa barreira não é resistente aos excessos.  

É de senso comum a crença de que a mãe precisa ter uma gestação saudável e tranquila, e isso está bem fundamentado nas pesquisas cientificas, que trazem que o consumo de de álcool, drogas, nicotina, são extremamente prejudiciais para o desenvolvimento fetal, podendo acarretar inclusive deficiências ou até no aborto espontâneo. A exposição precoce ao hormônio do estresse influencia a formação cerebral.

Como isso ocorre? Uma mãe que durante o processo de gestação sofre muitos processos estressores irá produzir uma quantidade excessiva de cortisol (hormônio do estresse) que acaba transpassando a barreira protetora (placenta) hiper estimulando o desenvolvimento da amígdala que é parte do cérebro responsável pelas respostas emocionais automáticas.

Dessa forma, essas pessoas passam a sentir e perceber mais possíveis situações de “perigo” e ou “ameaça”. Nesse sentido essa área do cérebro passa a ser acionada de forma mais intensa e frequente, o que traz uma série de prejuízos para esse indivíduo que receberá excessivamente a liberação de hormônios estressores em seu organismo, refletindo em prejuízos a saúde física e mental ao longo da vida.

Essa influência também pode ocorrer após o nascimento, quando o bebê não sente suas necessidades básicas emocionais atendidas de forma satisfatória, gerando nele a liberação excessiva de cortisol que promoverá também esses danos na formação cerebral.

Compreendendo que um nível natural de cortisol é saudável e fundamental no desenvolvimento, o que coloco aqui é o quanto o estresse excessivo é prejudicial, inclusive em qualquer momento da vida, mas pessoas que o recebem de forma muito precoce podem ter alterações estruturais e serão mais pré-dispostas a ativar e terão mais dificuldade de sair dele (regular-se emocionalmente).      

Espero que com esse conhecimento você consiga compreender que, existem muitas diferenças entre as pessoas que lidam com o estresse. Para algumas pessoas isso é muito difícil e é preciso ajuda profissional psicológica e psiquiátrica, para desenvolver as habilidades emocionais necessárias, bem como diminuir a valência (força) dessas sensações muitas vezes desesperadoras de lidar com estresse do dia a dia.

Cuide-se! 

Estou no Instagram: @vinculos.psi

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Natasha Taques

Psicóloga clínica (CRP-15/6536), formada em Terapia do Esquema pelo Instituto de Educação e Reabilitação Emocional (INSERE), Formação em Terapia do Esquema para casal pelo Instituto de Teoria e Pesquisa em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental (ITPC).