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Militante feminista e secretária da Assistência Social: Kátia Born fala sobre projetos voltados para as famílias de baixa renda em AL

Foto: Assessoria

Alagoas é o único estado em que há paridade de gênero nas secretarias. Das 27 secretarias, 14 são comandadas por mulheres. O Eufêmea iniciou uma série de entrevistas com as secretárias que comandam pastas tão importantes.

A quarta entrevistada é a secretária Kátia Born, da Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social (Seades). A ex-prefeita de Maceió por dois mandatos afirma que dedica sua carreira ao desenvolvimento de políticas públicas que contribuam efetivamente na vida das pessoas.

Ao Eufêmea, a secretária fala sobre os projetos que serão desenvolvidos pela pasta para melhorar as condições de vida das famílias alagoanas e sobre o que espera do governo do presidente Lula.

Confira a entrevista abaixo:

Quem é Kátia Born?

Eu sou uma militante convicta, feminista, da área da saúde e do assistencialismo. Dentro de mim, sempre houve o desejo de fazer políticas públicas que contribuam efetivamente na vida das pessoas. Por este motivo, coloquei meu nome à disposição em 1982 para a Câmara de Vereadores e fui eleita, me tornando a primeira mulher presidente da casa. Desde então, tenho dedicado a minha vida à gestão pública. Fui prefeita de Maceió, Secretária de Saúde e – atualmente – estou à frente da Secretaria de Estado Da Assistência e Desenvolvimento Social.

Alagoas é o único estado com paridade entre homens e mulheres no secretariado. O que isso representa para você?

O Governador Paulo Dantas foi muito feliz nas suas escolhas. Me desculpem os secretários homens, mas Alagoas nunca esteve tão bem representada. É um marco importante para o nosso Estado e uma referência para o país. As mulheres merecem ter espaço no primeiro escalão, somos competentes e – aqui em Alagoas – iremos trabalhar em conjunto com todas as secretarias, em prol de quem mais precisa.

Atualmente, mais de 870 mil famílias são contempladas pelo CadÚnico e mais de 60% delas vivem em condição de extrema pobreza. O programa deve passar por mudanças durante sua gestão? Se sim, quais?

O Cadastro Único é uma base de dados do Governo Federal que tem por objetivo identificar todas as famílias de baixa renda existentes no país, com a finalidade de incluir em programas de assistência social e redistribuição de renda. Por isso, não temos como fazer mudanças. O que iremos fazer é criar campanhas para atualizar os dados fornecidos para o CadÚnico, como forma de garantir que o benefício chegue a quem realmente tem direito e mais precisa.

Atualmente, mais de 550 mil famílias vivem em situação de extrema pobreza em Alagoas. Mais de 30 mil residem em moradias improvisadas de taipa, madeira ou palha. É necessário criar programas voltados para essa população, assim como o Minha Casa, Minha Vida.

Alagoas atingiu 1,7 milhão de pessoas em situação de pobreza em 2021, segundo o IBGE. Quais medidas serão tomadas pela Seades para reduzir esse índice?

Nós iremos mapear todas as nove regiões e criaremos um núcleo para cada uma delas. Vamos realizar uma verdadeira força tarefa para melhorar as condições de vida dessas famílias. Essas pessoas merecem dignidade, educação, moradia e, também, precisam estar aptas para o mercado de trabalho.

Quais outros projetos pretende desenvolver este ano?

Em time que está ganhando não se mexe. Seguiremos executando e desenvolvendo os projetos/programas já existentes, como o Pacto Contra a Fome, restaurantes populares, complexos nutricionais, o Cartão CRIA, entre outros. Estamos viabilizando a inauguração de mais um restaurante popular, agora em Arapiraca, e ampliar a quantidade de Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e dos Centros de Referências Especializado de Assistência Social (CREAS) em todo o Estado.

Quando recebeu o convite para ser secretária, aceitou de primeira ou teve medo de assumir o cargo? Por que decidiu aceitar?

A minha indicação foi através do meu partido, o PDT, e do vice-governador Ronaldo Lessa, que me conhece e confia no meu trabalho. Como sou movida a grandes desafios, prontamente aceitei a missão. Sou grata ao partido por esse voto de confiança e tenho a certeza que vamos desenvolver um excelente trabalho.

Como você enxerga a mudança de presidente? Acredita que Lula olhará mais para mulheres e trará mais projetos?

Lula foi o melhor presidente que o nosso país já teve. Com o seu retorno, não tenho dúvidas que voltaremos a ter programas voltados para as políticas públicas de Assistência e Desenvolvimento Social. O pobre certamente voltará a comer bem, a frequentar universidades, ter acesso a saúde, e terão oportunidades de se preparar para serem inseridos no mercado de trabalho.

Maria Luiza Lúcio

Maria Luiza Lúcio

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