Não é difícil detectar que a profissão docente no Brasil, em especial na Educação Básica é em sua grande maioria exercida por mulheres, basta visitar escolas.
Alguns dados são muito importantes e precisam ser cuidadosamente refletidos, a fim de que a realidade seja posta a mesa e de que a história também seja conhecida ou lembrada.
O Brasil é um país de “professoras”: elas representam 81% dos docentes de escolas regulares, técnicas e EJA, de acordo com dados do Censo Escolar de 2020.
No entanto, a presença de mulheres diminui à medida em que avança o nível das etapas de ensino.
A saber:
- Mulheres correspondem a 96% dos professores da Educação Infantil;
- No Ensino Fundamental I e II, elas representam, respectivamente, 88% e 67% dos docentes.;
- No Ensino Médio, o percentual diminui para 58%.
É interessante se fazer saber que a docência feminina no Brasil surgiu apoiada na necessidade de inserção da mulher no mercado de trabalho e também pelo fato da sociedade considerar que a profissão de “professora de crianças” era ideal para ser exercido por mulheres, ou seja iniciava-se ali, uma visão matriarcal na educação relacionada ao cuidar, desse modo era apropriado que a mulher desempenhasse tal função.
É importante lembrar que no século XIX e início do século XX o acesso a escola era limitado. Além disso, a mulher na maioria das vezes não tinha oportunidade de trabalhar, pois era vítima de uma sociedade patriarcal e altamente machista, desse modo o trabalho relacionado a docência surgiu como uma profissão ideal para a mulher.
Será que o motivo de ser uma profissão exercida em grande maioria por mulheres seja a causa da sua história de inferiorização?
Fato é, a profissão docente é de extrema importância para a sociedade e independente de gênero, dispomos de excelentes profissionais, que precisam se empoderar continuamente, pois EDUCAÇÃO É CHAVE e é tempo de nos darmos as mãos.
–
Estou no Instagram: @elba.siqueira