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Projeto em AL promove reflexão com autores de violência doméstica para evitar reincidência: “melhorias no comportamento”

Há dois anos, a Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) desenvolveu o projeto Grupo Despertar, direcionado aos autores de violência doméstica. A ação tem o objetivo de realizar uma reflexão sobre crimes que cometeram no ambiente familiar.

Ao Eufêmea, a psicóloga Emmanuelle Melo, uma das responsáveis pelo projeto, fala sobre os resultados gerados, os objetivos e os temas abordados durante os encontros.

De acordo com Emmanuelle, o projeto surgiu em 2021, com a necessidade de trabalhar com prevenção secundária no combate à violência doméstica. No entanto, o projeto realizou a primeira ação com um grupo em junho de 2022. Desde então, já foram realizadas mais de 300 palestras.

A psicóloga afirma que estão aptos a participar homens que são encaminhados do Juizado de Violência Doméstica e das Medidas Cautelares. Ela relata ainda que o Grupo Despertar já tem gerado resultados positivos e mudança de posturas entre eles.

“Nenhum homem que passou pelo projeto reincidiu nem voltou a cometer a violência dentro de casa. Isso reflete em toda a sua vida social , dentro e fora de casa, onde temos relatos da melhoria do comportamento deste homem”, afirma.

Objetivos e temas abordados

A profissional explica que os objetivos são despertar uma reflexão nos agressores sobre suas atitudes, sensibilizando para o possível rompimento do ciclo de violência e a reincidência.

“Além disso, propor discussão acerca da violência doméstica em todas as suas expressões e a reflexão para a resolução de conflitos sem uso da violência; contribuir para a equidade de gênero; e estimular o rompimento do ciclo de violência, bem como, trabalhar a responsabilização frente à violência perpetrada”, diz.

Segundo a psicóloga, são abordados temas variados durante os encontros com o grupo. Os responsáveis pelo projeto, bem como os profissionais convidados, discutem os principais aspectos da Lei Maria da Penha e medidas protetivas e cautelares.

“Como também, o resgate da história de vida, questões de gênero, possíveis forma de combate à violência (comunicação não violenta), entre outros”, comenta.

Atualmente, o grupo é facilitado pelas profissionais de Serviço Social, Jeane Sena e a Psicóloga, Emmanuelle Melo; integrantes do setor psicossocial e da advogada Paula Maria da Central de Alternativas Penais (Ceapa); além da parceria de convidados no decorrer dos encontros, como a professora Doutura Marli Araújo e o Projeto Juntos por Elas, da Polícia Militar de Alagoas.

Profissionais de Serviço Social, Jeane Sena e a Psicóloga, Emmanuelle Melo. Foto: Ascom Seris

Maria Luiza Lúcio

Maria Luiza Lúcio

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