Fabiana Cassimiro da Silva, de 37 anos, vítima de feminicídio em Maceió, já havia manifestado sua negativa em reatar o relacionamento e registrado um boletim de ocorrência por agressão contra o suspeito anos antes, porém não havia solicitado medida protetiva. O delegado Thiago Prado, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), divulgou essas informações na tarde desta segunda-feira (24).
O crime ocorreu no domingo (23), no Residencial Maceió 1, situado no bairro Cidade Universitária, na parte alta da capital. Fabiana foi assassinada na frente dos três filhos.
Segundo o delegado, os vizinhos relataram que as brigas entre o casal eram frequentes quando estavam juntos. Após a separação, que ocorreu 30 dias antes do crime, Fabiana buscou manter uma relação saudável com ele, mas não tinha intenção de reatar o relacionamento.
No domingo, ele a atacou com golpes de faca até a morte. Em seguida, o suspeito dirigiu-se ao viaduto da Polícia Rodoviária Federal e ameaçou pular, mas foi contido pelo Corpo de Bombeiros e pela Polícia Militar.
O delegado ressaltou que o crime foi premeditado e que a vítima apresentava lesões características de defesa.
Prado também mencionou que existia um Boletim de Ocorrência de agressão registrado contra o suspeito há muitos anos e ressaltou que não havia medida protetiva.
“Essa violência não era de conhecimento das autoridades públicas. Infelizmente, ela não chegou a procurar a Delegacia da Mulher”, disse o delegado.
Os vizinhos ouviram os gritos de Fabiana, mas não conseguiram salvá-la. Em reação ao crime, a população incendiou a barraca onde o suspeito trabalhava e dormia, destruindo completamente o local.