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Motorista de van escolar é denunciado à polícia após assediar criança e pedir fotos da mãe nua

A alagoana Laiane Dias denunciou à polícia o motorista de uma van escolar da creche onde deixava sua filha, após o homem assediar a criança de 7 anos, para que a menina fizesse fotos e vídeos da mãe dela nua e enviasse para ele.

Nas redes sociais, a alagoana expôs o caso e disse que tudo começou na última quinta-feira (23), quando ela resolveu olhar o celular da menina.

“Eu sempre reviso o celular dela. Às vezes, o cansaço não nos permite fazer isso, o que é triste. Mas, nessa quinta-feira, quando abri o WhatsApp, tinha uma mensagem dele dizendo ‘ela é muito linda’. Eu tive até medo de abrir a mensagem. Quando abri a conversa, ela tinha apagado um vídeo, porque ele mandou ela apagar”, narra.

Interrogada pela mãe, a menina inicialmente disse que tinha mandado a foto de uma amiguinha e que tinha apagado por causa da memória do celular. “Comecei a pressionar até ela admitir e dizer que mandou fotos minhas”, comentou.

Segundo a mãe, o motorista manipulou a criança prometendo um presente incrível, mas que só ganharia se conseguisse fazer fotos e vídeos da mãe.

“O mesmo aliciou minha filha em troca de chocolates. Depois da minha filha ter enviado as fotos, ele induziu para que ela apagasse e ainda me elogiou. Ela apagou as fotos da conversa, mas não da galeria”, contou.

Laiane disse que foi comunicar a esposa do suspeito sobre o que tinha acontecido, mas ela disse que tudo não passou de um “mal entendido”. “Mesmo eu tendo prints, o relato da criança e os vídeos”.

Após ela expor os casos, outras mães e vizinhas da creche que fica situada no bairro do Ouro Preto apareceram com mais histórias envolvendo o suspeito e outras crianças.

“Meu filhinho estudou lá. Ele tinha 2 anos e 6 meses. Tirei quando ele disse que o ‘tio’ baixou as calças do coleguinha até o joelho na frente de outras crianças. Ele me falou e nunca mais deixei meu filho voltar naquele lugar”, relatou uma outra mãe.

Em nota, a Polícia Civil de Alagoas se pronunciou:

A Polícia Civil de Alagoas informa que tomou conhecimento das publicações feitas em rede social por uma mulher vítima do crime de PRODUZIR, FOTOGRAFAR, FILMAR POR QUALQUER MEIO, CENA DE NUDEZ OU ATO SEXUAL DE CARÁTER ÍNTIMO E PRIVADO SEM AUTORIZAÇÃO DOS PARTICIPANTES (ART. 216-B DO CPB), caso que se encontra sob investigação na Delegacia Especial dos Crimes Contra Crianças e Adolescentes da Capital, e informa que o inquérito policial para apurar o caso foi instaurado no mesmo dia em que a denúncia foi feita.

O fato chegou ao conhecimento da autoridade policial plantonista no último dia 23/11/2023, por volta das 23h, na Central de Flagrantes, que tão logo colheu a notícia do fato e fez o registro do Boletim de Ocorrência.

No dia seguinte, 24/11/2023, a Delegacia Especial dos Crimes Contra Crianças e Adolescentes da Capital recebeu o registro, abriu inquérito policial, coletou o depoimento da vítima e de outras testemunhas; recolheu o material audiovisual apresentado e deu o imediato andamento ao procedimento policial.

A Lei estabelece o prazo de 30 (trinta) dias para a conclusão do inquérito policial, nos casos em que não houver prisão em flagrante do autor do fato, entretanto a Delegada de Polícia titular da unidade, ante a gravidade dos fatos, adotará as providências necessárias perante o Judiciário, respeitados o direito ao contraditório e ampla defesa do(s) investigado(s), requerendo, na mesma ocasião, as medidas judiciais cabíveis para os casos desta natureza.

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Raíssa França

Cofundadora do Eufêmea, Jornalista formada pela UNIT Alagoas e pós-graduanda em Direitos Humanos, Gênero e Sexualidade. Em 2023, venceu o Troféu Mulher Imprensa na categoria Nordeste e o prêmio Sebrae Mulher de Negócios em Alagoas.