Reportagem por Meline Lopes e Rebecca Moura
Em meio às lutas contra a ansiedade e depressão, nasceu o empreendedorismo protagonizado por Maria de Fátima Ferreira e Giselly Ferreira dos Santos, tia e sobrinha que, juntas, formam a Carpe Diem Do Biojoias. A trajetória das empreendedoras não se inicia por necessidades financeiras, mas por necessidade emocional. É que cansadas de depender de remédios, elas viram no negócio uma forma de aliviar os sintomas da depressão de Fátima e da ansiedade de Giselly.
Fátima compartilha com a Eufêmea o peso de sua depressão, resultante de inúmeras perdas familiares. “Minha depressão vem das muitas perdas da minha vida, meu irmão, minha mãe, minha irmã e meu pai.” Em busca de uma alternativa aos medicamentos, ela começou a criar peças em resina, inicialmente como uma forma de suspender o uso dos remédios.
Lutas emocionais
A história de Giselly é marcada pelo isolamento após a pandemia de COVID-19, que desencadeou sua ansiedade. “No dia 26 de dezembro de 2021, eu cheguei para morar com a minha tia e me deparei com muitas peças e no desespero para sair de casa e socializar comecei a vender elas porta a porta”. O que começou como uma necessidade de interação social se transformou em uma jornada empreendedora.
A transição de peças de resina para biojoias artesanais revela a evolução e paixão das empreendedoras. Fátima e Giselly encontraram nas biojoias uma maneira de expressar criatividade, superar suas lutas emocionais e, ao mesmo tempo, criar algo especial para os outros.
De acordo com elas, a escolha pelo nome Carpe Diem Do reflete a filosofia de aproveitar o dia à sua maneira, valorizando cada segundo e percebendo o valor do presente, inclusive expressando amor não verbalizado.
Captura momentos e sentimentos
Elas destacam ainda que a mudança para as biojoias não é apenas uma transformação de produtos, mas sim a encapsulação de momentos e sentimentos em acessórios únicos. “A Carpe Diem Do Biojoias faz mais que acessórios, ela captura momentos e sentimentos em cada peça”. Cada uma é uma representação física de memórias preciosas, permitindo que as pessoas carreguem consigo pedaços de suas histórias.
Fátima compartilha ainda seus sonhos para o futuro. “Eu quero minha loja no Shopping, em um espaço muito legal, muito confortável que traduza o significado da nossa empresa”. Além disso, ela enfatiza a intenção de expandir para além das biojoias, oferecendo mentoria para inspirar outras histórias de superação e empreendedorismo.
A dupla planeja não apenas oferecer produtos, mas também compartilhar a jornada emocional por trás de sua marca. “A gente imagina que a Carpe Diem vai entrar além só da Biojoias, além só da eternização de momentos e sentimentos. A gente quer pegar na mão das pessoas e ajudar elas a levantarem da cama”, conclui Fátima.