Maceió enfrenta um alerta iminente de colapso na mina 18, operada pela Braskem, conforme declarado pela Defesa Civil. No entanto, os impactos se estendem muito além do local da mineração. É o que analisa Natallya Levino, professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e pesquisadora dos impactos sociais do crime socioambiental da Braskem.
“O impacto não se restringe apenas a toda a população de Maceió como afeta algumas cidades vizinhas que receberam essa população de forma desordenada”, explica a pesquisadora ao Eufêmea.
De acordo com ela, um dos principais reflexos é o aumento significativo na demanda por serviços públicos. “Afetou as empresas diretamente e as do entorno, mobilidade, entre outros”, analisa.
Ainda de acordo com a pesquisadora, o processo de subsistência iniciado em 2018 confirmou que as atividades de mineração da Braskem foram responsáveis pelo desastre, respaldado por laudo do Serviço Geológico do Brasil.
Bolha imobiliária
A questão da indenização é crucial, abrangendo danos materiais e morais. “O ponto de maior desafio é o pagamento por moradia, não por morador, tornando a população mais vulnerável,” alerta Levino, criticando a falta de clareza no acordo de compensação.
Crédito: Reprodução CNN
Já a bolha imobiliária, intensificada pela pandemia, foi agravada em Maceió devido às indenizações. Levino destaca que estão estudando os efeitos dessa injeção de dinheiro nos aluguéis e preços dos imóveis.
“Os efeitos abrangem diversas áreas, como social, econômica, ambiental e emocional. Após 5 anos, os danos ainda não foram totalmente dimensionados, e pesquisas são necessárias para mensurar esses impactos”
O que diz a Defesa Civil?
A Defesa Civil de Maceió informou na manhã deste sábado (2), que o deslocamento vertical acumulado da mina n° 18 é de 1,56 cm e a velocidade vertical é de 0,7cm por hora, apresentando um movimento de 13cm nas últimas 24h.
Foi registrado na região da mina n°18 um sismo com magnitude de 0,89 a cerca de 300 metros de profundidade.
O órgão permanece em ALERTA MÁXIMO devido ao risco iminente de colapso da mina nº 18, que está na região do antigo campo do CSA, no Mutange.
Jornalista formada pela Universidade Federal de Alagoas e colaboradora no portal Eufêmea, conquistou o primeiro lugar no Prêmio Sinturb de Jornalismo em 2021. Em 2024, obteve duas premiações importantes: primeiro lugar na categoria estudante no 2º Prêmio MPAL de Jornalismo e segundo lugar no III Prêmio de Jornalismo Científico José Marques Melo.
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