Julieta Hernández, a artista venezuelana que estava desaparecida desde o dia 23 de dezembro, foi encontrada morta e enterrada em uma mata na cidade de Presidente Figueiredo. Nesta sexta-feira (12), um ato em memória de Miss Jujuba, como era conhecida, ocorrerá em todo o país. Em Maceió, está programada uma bicicletada que partirá de diversos pontos da cidade até chegar à Praça Centenário, onde haverá um ato marcado para as 18 horas.
Até o momento, pelo menos 120 cidades confirmaram a mobilização, e ainda há protestos marcados na Argentina e na França. O protesto é em repúdio ao crime ocorrido e uma reivindicação por mais segurança e respeito às mulheres que viajam sozinhas.
Com uma bicicleta adaptada para transportar os pertences pessoais e artísticos, a venezuelana chamava atenção por onde passava. Julieta fazia parte grupo de artistas e cicloviajantes “Pé Vermêi”.
Roubada, amarrada, estuprada e morta
Informações do delegado responsável pelo caso apontam que o crime foi cometido por conta do roubo do celular da artista, aliado a uma briga do casal por ciúmes. Julieta teria se hospedado na casa do casal.
Na madrugada, o homem, identificado como Thiago, teria tentando roubar o celular da vítima, que reagiu e foi enforcada até perder a consciência. Depois, a esposa do Thiago, identificada como Deliomara, a mando do marido, amarrou as mãos e os pés de Julieta. Foi nesse momento que Thiago estuprou a venezuelana.
Segundo depoimento de Deliomara, ela ligou as luzes e, com ciúmes do marido, jogou álcool e ateou fogo nos dois. Na sequência, o casal levou Julieta para área de mata e a enterraram. A polícia não descarta possibilidade dela ter sido enterrada ainda viva.
