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Motorista de aplicativo denuncia ter sido agredida por dois passageiros em Maceió: “não consigo mais trabalhar”

Uma motorista de aplicativo identificada como Lucelia denunciou ter sido agredida por dois passageiros, na madrugada do dia 01, próximo ao condomínio San Nicolas, em Maceió. Nas redes sociais, a motorista publicou um vídeo relatando o ocorrido. Ela confirmou ao Eufêmea que foi até a Delegacia registrar um boletim de ocorrência e está sendo acompanhada por advogados.

No vídeo, a motorista contou que recebeu uma chamada pelo aplicativo 99 do San Nicolas até o Vergel, parte baixa de Maceió. Ela disse que quando chegou ao local, estavam dois homens e uma mulher. Todos estavam bebendo cerveja, mas ela pediu que eles não bebessem dentro do carro.

“Eles entraram no carro, e eu disse que não podia beber dentro do carro. A moça jogou a cerveja, mas o homem, que eu deduzo ser o marido dela, disse que não ia jogar porque não ia perder duas cervejas”.

A motorista disse para o passageiro jogar fora ou beber a cerveja, pois ela iria esperar antes de continuar a corrida. Segundo ela, o homem se negou e deu um murro nela. “Eu saí do carro para ir para cima dele, tentar me defender ou revidar, e o empurrei. A esposa dele veio na minha direção para separar, e eu entrei no carro.”

Lucelia disse que ligou para o 190 e não conseguiu contato. “Resolvi ligar para minha prima e pedi que ela fosse me ajudar. Quando ela chegou lá, eu pedi que ela ligasse para a polícia, e a esposa dele escutou.”

Ela contou que a mulher foi até a direção dela e apontou o dedo para o rosto dela. “Eu bati no braço dela para que ela tirasse o dedo”.

De acordo com a motorista, a mulher pegou nos cabelos dela, e o homem começou a esmurrá-la. “A minha prima começou a gritar por socorro, e a sorte foi que no final da rua tinha uma família bebendo e foi até lá separar. Ele estava me espancando.”

Bastante assustada, Lucelia disse que está machucada (no vídeo, ela aparece com marcas no rosto) e que, no momento da agressão, só via sangue. “Estou cortada e com os lábios inchados”.

Chorando, a motorista disse que não consegue mais trabalhar e que não tem emprego. “Eu sobrevivo rodando de aplicativo. Não consigo pensar em trabalhar porque estou com medo de isso acontecer de novo”.

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Raíssa França

Cofundadora do Eufêmea, Jornalista formada pela UNIT Alagoas e pós-graduanda em Direitos Humanos, Gênero e Sexualidade. Em 2023, venceu o Troféu Mulher Imprensa na categoria Nordeste e o prêmio Sebrae Mulher de Negócios em Alagoas.