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“Estou redescobrindo minha essência”: Lari Gueiros conta como tem sido o processo de transição capilar

Com o crescente movimento de valorização da beleza natural, a transição capilar emerge como um símbolo poderoso de autoafirmação e empoderamento. A transição capilar é diferente para cada mulher. Para muitas, abandonar os padrões impostos pela sociedade e abraçar a textura original dos fios não é apenas uma mudança estética, mas uma jornada de autodescoberta e resgate da identidade.

A estudante Lari Gueiros, de 22 anos, é uma das mulheres entrevistadas para a campanha “Cada corpo tem sua história”, uma parceria entre o Eufêmea e a marca Alma de Sereia. A campanha tem como objetivo contar as experiências particulares de mulheres com seus corpos e o processo até a autoaceitação e o amor próprio. Além das entrevistas para o portal de notícias, o Eufêmea também entrevistou mulheres para vídeos que serão publicados nas redes sociais.

Ela começou o processo de transição capilar em agosto de 2022. Lari contou ao EuFêmea que tem sido, desde então, uma jornada desafiadora e que sente vontade de voltar a alisar o cabelo para não ter que lidar com tantas texturas diferentes.

“Meu cabelo natural já é cheio de texturas diferentes, e com a parte alisada nem mesmo ondula quando eu tento finalizar… Mas ao mesmo tempo, estou redescobrindo minha essência. Os maiores desafios incluem aprender a lidar com as diversas texturas e ter paciência para acompanhar o crescimento dele. Em termos de recompensas, consigo sentir meu verdadeiro eu ressurgindo aos poucos”, afirmou.

Cortar o cabelo durante a transição capilar é algo que faz parte do processo. Para Lari, esse foi o momento mais significativo. “Minha nuca já está completamente cacheada e eu me emocionei em sentir os cachinhos aparecendo”.

“Ainda não estou me aceitando”

A estudante desabafa e diz que ainda se sente feia, “principalmente quando não escova o cabelo”. “Apesar de saber da necessidade de evitar tantas fontes de calor nesse período. Em relação à autoaceitação, ainda não cheguei a esse ponto; por enquanto, apenas me sinto como um patinho feio”.

Como conselho, Lari diz que quem está passando pelo processo de transição capilar deve buscar um salão especializado em transição capilar e cabelos cacheados. “É importante ter cuidado para não ir a um lugar que não saiba respeitar o seu tempo para fazer as coisas”.

Raíssa França

Raíssa França

Cofundadora do Eufêmea, Jornalista formada pela UNIT Alagoas e pós-graduanda em Direitos Humanos, Gênero e Sexualidade. Em 2023, venceu o Troféu Mulher Imprensa na categoria Nordeste e o prêmio Sebrae Mulher de Negócios em Alagoas.