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Crise e Conflito: Por que a violência doméstica ama a recessão?

A violência doméstica é como aquela praga que insiste em aparecer nos momentos mais inoportunos, especialmente durante crises econômicas. Quando o dinheiro some, as tensões aumentam e, infelizmente, as agressões também. Vamos dissecar esse fenômeno com um toque de sarcasmo, um pouco de humor negro e muitos dados importantes.

Dados Recentes e Pesquisas

A crise econômica causada pela pandemia de COVID-19 não foi a única catástrofe global. A violência doméstica também disparou, mostrando que, se há algo que prospera em tempos de recessão, é o abuso doméstico. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 1 em cada 3 mulheres no mundo já experimentou violência física ou sexual em algum momento de suas vidas.

E, como se não bastasse, durante a pandemia, os casos de violência doméstica aumentaram em até 33% em algumas regiões. Durante os primeiros meses da pandemia, o Brasil registrou um aumento de 40% nas denúncias de violência doméstica.

Impactos da Violência Doméstica

Além do sofrimento físico e emocional, a violência doméstica tem um custo econômico exorbitante. A perda de produtividade, os custos médicos e os serviços sociais aumentam substancialmente.

Globalmente, a violência contra mulheres custa cerca de 2% do PIB, o que equivale à economia inteira do Canadá. Então, se você acha que apenas o bolso está sofrendo em uma crise econômica, pense novamente.

Mesmo em tempos sombrios, há estratégias eficazes para mitigar os efeitos da violência doméstica, nesse sentido reflita sobre as 5 sugestões a seguir:

1.Fortalecimento de Redes de Apoio: Imagine que as redes de apoio são como Wi-Fi em um aeroporto – essenciais e devem estar em todos os lugares. Abrigos, linhas de atendimento e serviços de suporte psicológico são fundamentais.

2. Empoderamento Econômico: Programas que promovem o empoderamento econômico das mulheres, como capacitação profissional e acesso a microcréditos, podem ser um salva-vidas. Porque nada diz “independência” como a capacidade de pagar suas próprias contas.

3. Educação e Sensibilização: Campanhas educativas são como uma maratona de séries: devem ser vistas por todos. A conscientização sobre os direitos das mulheres e os sinais de violência doméstica é crucial.

4. Políticas Públicas Eficazes: Governos precisam de políticas públicas robustas que protejam as vítimas. Leis mais rigorosas e um sistema de justiça acessível são vitais. Imagine se eles fossem tão rápidos em aprovar essas leis quanto são em aumentar impostos, e não me refiro apenas ao Brasil, pois por aqui, até que as leis com relação a violência doméstica estão caminhando.

5. Tecnologia a Favor da Segurança: Aplicativos e plataformas online que oferecem apoio e recursos podem ser tão salvadores quanto um carregador de celular no final do dia. Ferramentas tecnológicas fornecem um meio seguro para pedir ajuda e obter informações.

A violência doméstica em tempos de crise econômica é um problema que não deve ser ignorado.

Fontes:
https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/violence-against-women
https://news.harvard.edu/gazette/story/2022/06/shadow-pandemic-of-domestic-violence/
https://www.cfr.org/in-brief/double-pandemic-domestic-violence-age-covid-19
https://www.aihw.gov.au/family-domestic-and-sexual-violence/responses-and-outcomes/economic-financial-impacts

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Elba Siqueira

Doutora em Educação, Coach, Advogada (OAB/AL 20753), Escritora e Palestrante. Ela se destaca por sua atuação em cargos de liderança no serviço público e em iniciativas privadas. Apaixonada por empoderar mulheres, acredita no poder da resiliência para promover mudanças significativas.