Você sabe reconhecer um homem canalha? Muitas mulheres acabam se envolvendo em relacionamentos tóxicos sem perceber os sinais de alerta. Encantadas por palavras bem articuladas e atitudes aparentemente perfeitas, elas se entregam a parceiros que, na verdade, escondem intenções manipuladoras.
Conhecimento em livro
No livro Como Reconhecer um Canalha, a escritora Débora Guedes desvenda os perfis desses homens e ensina como evitar armadilhas emocionais. Com uma abordagem prática, a obra ajuda mulheres a desenvolverem autoconhecimento e a fazerem escolhas mais saudáveis nos relacionamentos.
Ao Eufêmea, a autora relembra o momento em que percebeu que precisava transformar sua experiência em um livro:
“Para ser bem sincera, esse momento aconteceu quando um homem que conheci simulou um infarto”, conta, em tom bem-humorado.
A ideia tomou forma durante uma conversa com uma amiga, após compartilhar essa história inusitada. “Mulher, você tem tanta informação para alertar outras mulheres”, disse a amiga. Foi então que Débora teve um verdadeiro momento “eureca”: ‘Amiga, o livro vai se chamar Como Reconhecer um Canalha!‘”
Processo de escrita
A partir daí, começou sua jornada na escrita, usando suas experiências pessoais como pano de fundo para discutir padrões emocionais que levam muitas mulheres a se envolverem com esse tipo de homem.
Para embasar o livro, Débora reuniu conhecimentos em psicanálise e terapia do esquema, traçando perfis de narcisistas, psicopatas e Don Juans. A obra aborda temas como relacionamentos abusivos, golpes emocionais e até cartilhas policiais sobre estelionato sentimental, culminando em uma reflexão sobre o amor. “Homens bons existem. Mas a mulher também precisa aprender a reconhecê-los”, alerta a escritora.
Os sinais de um canalha
Débora destaca que os homens costumam dar diversos sinais, e o primeiro deles é o uso de palavras ensaiadas. Segundo a escritora, desde os tempos do Éden, as mulheres são seduzidas pelos ouvidos.
“Eles sabem exatamente o que queremos ouvir. Se você gosta de viajar, ele falará sobre os lugares que conheceu, as culturas que explorou… e pode nunca ter saído de Maceió! Afinal, com o Google, é possível estudar muita coisa.”
Da mesma forma, se a mulher for muito espiritualizada, ele se apresentará como um verdadeiro santo. “O nome dessa técnica é espelhamento, muito usada até mesmo por vendedores”, explica Débora.
Segundo a autora, muitas mulheres acabam caindo nesses jogos porque, inconscientemente, buscam uma versão masculina de si mesmas.
“Ao não suportar as diferenças, elas criam uma fantasia e projetam a perfeição no outro, sem perceber que estão presas a um padrão emocional que as torna vulneráveis”, afirma.
O grande perigo, afirma Débora, está na falta de autoconhecimento. “O canalha faz sua vítima quando a mulher não se conhece bem o suficiente para identificar seus próprios padrões emocionais.”
Importância da autorresponsabilidade
A escritora enfatiza que romper com ciclos viciosos é o cerne do livro, pois acredita que relacionamentos são escolhas.
“A mulher que entrou em um relacionamento com um canalha fez essa escolha em detrimento de outras opções. Portanto, assumir a autorresponsabilidade é fundamental para mudar esse padrão”, diz.
Contudo, Débora pondera que, para escolher melhor, é necessário reconhecer os sinais, investir no autoconhecimento e no desenvolvimento pessoal, além de não ser refém das próprias carências. “Fácil, não é. Mas é uma jornada bonita de aprendizado e crescimento.”
A autora reforça que o canalha pode ser qualquer um, independentemente de cor, raça, classe social ou profissão.
“Ele está por aí, caçando vítimas que ainda não olharam para dentro de si em busca do autoconhecimento. Canalhas só entram se a porta estiver aberta. A pergunta que fica é: a sua ainda está?”, provoca Débora.
Lançamento do livro
Mais do que uma simples noite de autógrafos, a autora promete uma experiência única, repleta de requinte, surpresas e emoção.