Na última semana, atravessei o litoral e fui parar em Fortaleza para viver mais um marco na trajetória da Sandora. Fomos selecionadas para o Batch de aceleração do Praia, programa do Instituto Atlântico — referência nacional em tecnologia e inovação — que, nesta edição, recebeu 175 startups inscritas e escolheu apenas três.
Eu era a única fundadora mulher entre as selecionadas. E também a única startup de fora de Fortaleza.
O Instituto Atlântico é um centro de excelência que respira ciência, pesquisa e desenvolvimento. Atua em projetos de ponta, conectando universidades, empresas e empreendedores para criar soluções tecnológicas capazes de transformar realidades.
Estar ali, dentro desse ambiente de inovação tão robusto, significa mais do que ganhar aceleração: significa acesso a conhecimento técnico, conexões estratégicas, mentorias de alto nível e oportunidades concretas de crescimento.
Para a Sandora, essa aceleração representa a possibilidade de refinar ainda mais nossa tecnologia, abrir portas para novos mercados e ganhar musculatura para escalar nossa solução — que ajuda empresas a se adequarem às normas de segurança emocional e igualdade de gênero, combatendo o assédio e protegendo mulheres no ambiente de trabalho.
Mas, além de toda a parte técnica, houve um aspecto humano que me marcou profundamente. Eu já sabia que seria a única mulher fundadora no grupo das selecionadas. O que eu não esperava era encontrar tantas mulheres em posições de liderança no Instituto Atlântico, coordenando ações de Ciência e Tecnologia, conduzindo projetos estratégicos e ocupando espaços que tantas vezes nos negam.
Foi um contraste inspirador: ao mesmo tempo em que ainda somos poucas como fundadoras de startups, vi com meus próprios olhos que é possível construir equipes técnicas e de liderança com forte presença feminina — e que isso só fortalece o ecossistema.
Voltei de Fortaleza com a certeza de que mulheres na tecnologia não são exceção: são potência. E que programas como o Praia, que apostam em diversidade e inovação real, ajudam a transformar não só negócios, mas culturas inteiras.
Ser a única mulher nesse Batch não é um peso — é uma responsabilidade. E eu a carrego sabendo que cada passo que dou abre espaço para que outras também cheguem.
Acesse: www.sandora.me
Porque inovação com perspectiva de gênero é mais que necessária: é urgente.