Existe um mito que insiste em sobreviver nos bastidores do mundo corporativo — e que vira regra, exigência e, muitas vezes, obstáculo para as mulheres que ousam ocupar espaços de liderança.
O mito de que, para ser uma boa líder, é preciso “endurecer”. Falar alto. Bater na mesa. Ser firme como um homem. Ou melhor, ser como um homem.
No universo da tecnologia, então, isso se intensifica. A figura da liderança ainda é moldada pela lógica masculina: pragmática, autoritária, direta, sem espaço para afeto, vaidade ou hesitação. E quem não cabe nesse molde é vista como fraca, emocional ou despreparada.
Esses dias, em uma reunião de apresentação da Sandora para um potencial cliente, ouvi um relato que me gelou o estômago. Ele me contou que, na empresa em que trabalha — um ambiente majoritariamente masculino —, após uma fala firme da advogada da companhia, um dos supervisores disse: “É nisso que dá ter mulher trabalhando aqui.”
É como se a simples presença feminina fosse um risco, uma ameaça, um “erro de sistema”. Como se qualquer traço de sensibilidade, beleza ou empatia fosse sinônimo de incompetência.
Mas eu estou aqui para dizer — com salto alto e batom vermelho — que isso é mentira. E mais: que essa mentira custa muito caro.
Custa a desistência de mulheres brilhantes que cansam de precisar provar o óbvio. Custa a perda de talentos que poderiam transformar empresas inteiras. Custa a estagnação de lideranças que só sabem comandar, mas não sabem escutar.
Eu sou CEO da Sandora. Já conduzi reuniões decisivas de vestido tubinho, salto agulha e delineador impecável. Já ordenei com voz suave — e fui ouvida. Já falei com firmeza sem gritar. Já expus argumentos com empatia. E nunca, absolutamente nunca, deixei de liderar por isso.
Porque liderar não tem a ver com volume, tem a ver com clareza.
Não tem a ver com roupas, tem a ver com conteúdo.
E, principalmente, não tem a ver com gênero. Tem a ver com competência — e com presença.
Sim, é possível ordenar com doçura.
Sim, é possível liderar com acolhimento.
Sim, é possível ser estrategista sem ser áspera.
E sim, é possível ser respeitada mesmo quando o vestido valoriza suas curvas.
Se o problema está no tubinho, talvez o problema não esteja em quem veste — mas em quem está olhando.
Liderança feminina não é menos. É diferente.
E a diversidade de estilos, tons, corpos e posturas é justamente o que enriquece a tomada de decisão e a cultura das empresas.
Na Sandora, liderar com afeto não é fraqueza. É força.
Liderar com firmeza e empatia não é contradição. É visão.
E mostrar que é possível ser mulher por inteiro — sem disfarces — é, talvez, o ato mais revolucionário que podemos praticar dentro de uma sala de reunião. A revolução também passa pelo espelho.
Conheça uma inovação que também veste salto, escuta com atenção e lidera com propósito:
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