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Ciência, tecnologia e o rosto feminino da inovação

Na última semana, vivi um momento que simboliza mais do que uma conquista pessoal: recebi o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, na categoria Ciência e Tecnologia, com a Sandora.

Este reconhecimento carrega camadas de significado. Ele valida anos de trabalho intenso, noites sem dormir, decisões difíceis e uma caminhada repleta de barreiras que, para nós mulheres, são sempre mais altas. Inovar no Brasil já é um desafio imenso; inovar como mulher em ciência e tecnologia é um ato de resistência diária.

Ainda somos minoria esmagadora em espaços de liderança tecnológica e científica. Isso significa menos acesso a capital, menos portas abertas, mais desconfiança. Muitas vezes, precisamos provar duas, três vezes mais nossa competência para sermos levadas a sério.

Mesmo assim, seguimos. Seguimos porque acreditamos. Seguimos porque sabemos que transformar a realidade de outras mulheres e de toda a sociedade vale cada batalha.

A Sandora nasceu desse propósito: enfrentar o assédio, a violência e os riscos psicossociais no trabalho com a força da tecnologia. Criamos soluções que protegem vidas, apoiam empresas na conformidade legal e contribuem para ambientes de trabalho mais humanos e seguros.

E justo na semana em que fomos reconhecidas nacionalmente pelo Sebrae, fomos também escolhidas entre 15 empresas brasileiras para abrir mercado no Canadá e aprovadas no processo de aceleração da Bemtevi, uma gigante em inovação corporativa. São conquistas que mostram que nosso impacto ultrapassa fronteiras e que nossa voz está ecoando cada vez mais alto.

Essas vitórias não são apenas da Sandora. Elas são um lembrete de que mulheres podem — e devem — ocupar o centro da transformação tecnológica. Cada vez que uma de nós rompe uma barreira, abre-se espaço para que muitas outras passem.

Receber este prêmio, estar no Canadá, entrar na Bemtevi… tudo isso reforça que a jornada feminina na inovação é feita de superação, mas também de vitória. E que cada conquista é uma semente plantada para que, no futuro, meninas que sonham com ciência e tecnologia não precisem mais lutar contra tantas estatísticas.

A resistência nos trouxe até aqui. A inovação nos levará ainda mais longe.

Foto de Meline Lopes

Meline Lopes

Jornalista, advogada, especialista em comunicação e em marketing digital. Atuou como repórter de televisão durante 9 anos em diversas emissoras do Brasil. É repórter do Eufêmea.
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