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Colaborador é afastado após casal denunciar racismo em bar de Maceió

Foto: Divulgação

O Bombar, bar situado no bairro do Prado, em Maceió, se manifestou por meio de nota nesta quarta-feira (4) sobre o episódio de racismo denunciado pela estudante de jornalismo Júlia Neves e seu namorado, João Roberto, durante um evento de samba realizado na última segunda-feira (1). Segundo diz a nota, o colaborador foi afastado das suas funções.

Em nota, o estabelecimento pediu desculpas aos envolvidos, afirmou repudiar qualquer tipo de discriminação. “O colaborador foi afastado de suas funções, e estamos apurando com rigor todos os detalhes do ocorrido para que as medidas cabíveis sejam tomadas com a máxima responsabilidade”, diz a nota.

A direção do bar também ressaltou que o caso foi um “fato isolado” em mais de 11 anos de atuação. O texto reforça o compromisso do espaço com o respeito, a inclusão e a promoção de um ambiente seguro para todos os frequentadores, além de anunciar que serão adotadas ações de sensibilização e capacitação da equipe.

O Bombar reforçou que nasceu e se mantém na periferia da zona sul de Maceió com a proposta de ser um lugar de encontro e diversidade, e reiterou o compromisso de acolher o casal envolvido no episódio.

O caso

À Eufêmea, Júlia relatou que ela e o namorado foram abordados por quatro homens que cercaram a mesa onde estavam. Um deles exigiu que ela abrisse a bolsa, sob a alegação de que teria ocorrido um furto no local. Após recusar e começar a gravar a cena, Júlia contou que sofreu coação e constrangimento até abrir a bolsa diante das pessoas presentes.

“Depois de muita coação, não me restou mais nada a fazer a não ser abrir minha bolsa. Nela só tinha caderno, estojo, coisas da faculdade”, disse a estudante.

Ainda segundo Júlia, apenas após o constrangimento o responsável pelo bar teria aparecido e mostrado imagens das câmeras de segurança. Do lado de fora, uma viatura policial foi acionada, mas ela afirmou não ter recebido suporte adequado.

A estudante registrou boletim de ocorrência online por calúnia e disse que o casal está sendo acompanhado juridicamente pelo Instituto Negro de Alagoas (Ineg).

Foto de Raíssa França

Raíssa França

Cofundadora do Eufêmea, Jornalista formada pela UNIT Alagoas e pós-graduanda em Direitos Humanos, Gênero e Sexualidade. Em 2023, venceu o Troféu Mulher Imprensa na categoria Nordeste e o prêmio Sebrae Mulher de Negócios em Alagoas.
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