Colabore com o Eufemea
Advertisement
Meline Lopes Sandora

Entre as quatro linhas e além: por que a Sandora também precisa estar no futebol

Há uma semana, uma cena chocou os noticiários: a filha de um goleiro foi vítima de importunação sexual na torcida, em pleno estádio. Um espaço que deveria ser de festa, paixão e pertencimento se transformou em violência e trauma.

Infelizmente, não é novidade. O futebol — assim como a tecnologia, a ciência da computação e as engenharias — ainda é um ambiente profundamente masculino, muitas vezes hostil para mulheres e para qualquer corpo que não se encaixe no padrão da “masculinidade de arquibancada”.

Mas algo começa a mudar.

Estamos em setembro, mês em que o mundo fala sobre saúde mental, e é justamente neste momento que a Sandora dá um passo importante: estamos em conversa com um clube de futebol brasileiro para implantar nossa plataforma de proteção, prevenção e acolhimento. Se confirmada, essa parceria pode tornar esse clube o primeiro do Brasil a olhar para seu elenco com cuidado integral — dentro e fora de campo.

Por trás da imagem de força e resistência que vemos nos gramados, há homens que também carregam dores. Há traumas de infância, abusos silenciados, humilhações normalizadas. Há riscos psicossociais que não aparecem nas estatísticas da partida, mas impactam profundamente o rendimento, a carreira e a vida.

É por isso que a Sandora existe: para transformar a cultura das organizações — sejam empresas, startups ou clubes de futebol. Para mostrar que assédio, violência e importunação não são “brincadeiras”, mas violências que deixam marcas. E que acolher não é fragilidade, é estratégia.

Eu sei bem como é difícil estar nesse ambiente. Eu mesma desisti da vida de repórter de campo porque os gramados e arquibancadas eram territórios em que a violência parecia parte do jogo. E não deveria ser.

Hoje, ao ver nossa tecnologia ser chamada para esse universo, sinto que estamos finalmente rompendo a lógica do “o que acontece entre as quatro linhas fica ali”. Não fica. Nunca ficou. O corpo sente, a mente guarda, e a carreira paga o preço.

A Sandora entra em campo para provar que, no futebol como na tecnologia, inovação é também acolhimento, cuidado e igualdade.
Porque todo atleta — e toda mulher na arquibancada — merece jogar e torcer em segurança.

Saiba mais em: www.sandora.me

Foto de Meline Lopes

Meline Lopes

Jornalista, advogada, especialista em comunicação e em marketing digital. Atuou como repórter de televisão durante 9 anos em diversas emissoras do Brasil. É repórter do Eufêmea.
plugins premium WordPress