“E, por não terem história, não tinham alternativas de futuro.” Essa frase, do livro A Criação do Patriarcado, de Gerda Lerner, me atravessou, mas também me trouxe um insight. Ontem, enquanto lia, sublinhei esse trecho com o marca-texto e fiquei pensando: quantas de nós conhecem, de fato, a própria história? E mais: quantas conhecem a história das mulheres que vieram antes?
Quer fazer um exercício rápido? Quando você pensa em uma mulher que fez a diferença no mundo, em quem você pensa? Agora te pergunto: você conhece a história dela? De verdade?
Ler esse livro me abriu os olhos para algo muito profundo. Eu, que amo contar e ouvir histórias, também não conhecia muitas das histórias das mulheres que vieram antes de mim. E isso faz com que a gente, por vezes, acredite que não tem história nenhuma para contar.
Apagar a história de uma mulher é mais do que silenciá-la. É impedir que ela se veja, que se imagine, que acredite que pode ser. E se ela não se vê… ela não se reconhece.
Foi por isso que criamos, na Eufêmea, uma editoria chamada Inspiradoras. Um espaço pensado para contar histórias de mulheres. E toda vez que publicamos uma dessas histórias, os acessos aumentam. As pessoas se envolvem. Porque as pessoas amam histórias. Elas se reconhecem nelas. Elas respiram fundo e pensam: “não sou só eu”. A gente acredita no poder das histórias por aqui.
As mulheres foram apagadas da história oficial. Quando olhamos para os livros, para as datas comemorativas, para os nomes das ruas, para os filmes e heróis, quase sempre são eles que ocupam o centro. Os homens viraram símbolo do sucesso. E as mulheres? As mulheres sempre estiveram aqui — só não foram narradas.
Hoje, ainda há muitas que não se veem nas escolas, nos livros de história, nos espaços de poder, nas campanhas publicitárias. Mulheres negras, periféricas, trans, mães. Mulheres reais. Enquanto as nossas histórias forem ignoradas ou distorcidas, a ideia de que “não pertencemos” vai continuar viva. É por isso que, na Eufêmea, escolhemos contar. E mais do que isso: escolhemos incentivar outras mulheres a contarem também. A sua história tem valor. Sua história importa.
Porque enquanto houver uma mulher achando que não tem história, a gente vai lembrar: toda mulher tem uma. E ela merece ser contada.
Contar histórias é uma forma de não deixar que apaguem a nossa.
Quer contar a sua história na Eufêmea?
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