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Atriz fala dos desafios da profissão em AL e de como usa as redes sociais para divulgar trabalho na pandemia

Ela é atriz formada em artes cênicas pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e palhaça. Elaine Lima Santos, 28 anos, é alagoana, ama o que faz e é trabalhando como artista que ela se sustenta. Na pandemia, ela precisou se reinventar e utilizou a internet para isso. Longe dos palcos, ela usa as ferramentas que as redes sociais oferecem para manter viva a paixão pela profissão.

Segundo Elaine, um dos desafios de ser artista em Alagoas é conseguir reconhecimento pelo trabalho. “Porque hoje temos as redes sociais e a internet para disseminar as pessoas. E os artistas que estão criando por aí afora. Então tem esse situação de que todo mundo consegue fazer e chegar num patamar de se tornar um artista por intermédio da internet. De certa forma há um grande desafio de ter esse reconhecimento”, explicou.

Elaine disse que ser atriz em Alagoas é um desafio já que o estado está fora do eixo Rio/São Paulo, onde tem mais visibilidade. “Então essa questão em Alagoas ainda é recente quando comparada a outros estados populosos e isso faz com que seja um desafio”.

Mas também ela citou a falta de políticas públicas no Estado. “Então é um desafio criar formas de viver dessa profissão, de fazer trabalhos na área e tentando inserir a arte do teatro e da atuação no mercado alagoano”.

Só que nem os desafios apagam os sonhos de Elaine. E de sonhar, Elaine entende. Afinal, a artista se define como sonhadora. “Eu comecei no teatro, mas também sonho com outros lugares: o cinema, a tv, até a própria internet que tem feito com que mais pessoas tenham acesso. Eu me defino como uma sonhadora que está na vida para conquistar e ir em busca dos sonhos e das coisas que fazem meus olhos brilharem”.
Foto: Cortesia ao Eufêmea.

A atriz também deseja ter um retorno financeiro viável a partir do trabalho dela. “Ter a certeza de que as pessoas me reconhecem não só por fama, mas porque é meu trabalho e é assim que eu vivo. Quero ter um maior alcance para que mais oportunidades apareçam”.

Pandemia e o uso das redes sociais

Com a pandemia, Elaine procurou mostrar seu lado artístico nas redes sociais e funcionou. Em tempos difíceis, Elaine usa do talento e do bom humor para fazer as pessoas sorrirem.

“Ultimamente tenho trabalhado bastante minhas redes sociais. Então busco as músicas, o que tem se falado, memes para atuar nas redes sociais a partir do lugar que está todo mundo usando”, justificou.

Para ela, o retorno tem sido bem positivo. “Estou inserida numa vertente que as pessoas estão e me comunico com elas. É uma estratégia de comunicação no meio online e as pessoas começam a conhecer o meu trabalho”.

Raíssa França

Raíssa França

Cofundadora do Eufêmea, Jornalista formada pela UNIT Alagoas e pós-graduanda em Direitos Humanos, Gênero e Sexualidade. Em 2023, venceu o Troféu Mulher Imprensa na categoria Nordeste e o prêmio Sebrae Mulher de Negócios em Alagoas.