A cientista social Elis Lopes Garcia, 47 anos, está internada há dez dias na Santa Casa de Misericórdia de Maceió, onde ela e a família ocupam praticamente uma ala da unidade de saúde. Eles são vítimas da Covid-19, que infectou quase toda a família ao mesmo tempo. O surto do novo coronavírus bateu à porta da família e infectou seis pessoas, causando sofrimento e muita apreensão. Das seis, apenas a mãe de Elis não precisou ficar internada.
Do hospital, Elis conversou com o Eufemea, a quem contou como se encontra hoje, ao mesmo tempo em que lançou um alerta num momento em que a doença volta a preocupar em Alagoas.
“Foi um surto. Mesmo com todos os cuidados, sem aglomerações, o vírus entrou pela porta da frente. Fomos seis pessoas infectadas. Eu, minha mãe, minha irmã, meu cunhado, minha tia e o meu Tio Gil Lopes, artista plástico e carnavalesco. Inclusive o caso dele requer mais cuidados. Ele está na UTI entubado, devido as comorbidades, principalmente a diabetes e obesidade. Mas ele está reagindo bem. Graças a Deus”, relata Elis.
Ela diz ainda que “graças a Deus também, acreditamos que por milagre, os idosos não foram acometidos. Mesmo com contato direto com eles. A gente não sabe, ainda, como o vírus chegou. A casa da minha vó é super arejada, sempre que íamos pra lá ajudá-la íamos de máscaras”.
E manda um alerta para as famílias, que em tempo de fim de ano já se preparam para as festas de Natal e Ano-Novo.
Ao agradecer a rede de solidariedade dos amigos e familiares, Elis Lopes diz que “as orações e todas as energias positivas emanadas, estão nos ajudando imensamente. Obrigada. Só nós sabemos o que é estarmos ocupando quase uma ala aqui na Santa Casa. A angustia que é saber que as pessoas que você ama estão contaminadas”.
Sintomas
Nela, os sintomas da Covid-19 foram dores nas costas e febre, que a levaram à unidade de saúde, onde veio o susto ao ouvir do médico que precisaria ficar internada.
Elis Lopes faz questão de ressaltar que “a Santa Casa é um hospital de referência, os médicos que me atenderam, entre eles o dr. Ravir, explicou com atenção que meu caso precisaria de cuidados de internação, de acordo com o protocolo. Meu pulmão estava com uma lesão de 25% a 50%”.
“Graças a Deus estamos nos recuperando bem, até mesmo o tio Gil, que aos poucos e com muita força, luta pela vida. Ele é guerreiro. Vai conseguir como todos nós. Agradecer as equipes médicas aqui da Santa Casa, equipe de referência, com médicos altamente competentes, mas que estão preocupados com essa segunda onda. E agradecer a equipe do Hospital Vida que está cuidando do meu tio Gil. Se cuidem, usem máscaras, lavar sempre as mãos é importante. O presente de Natal é toda a família com saúde. Agradecemos também”.