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Vacinadas: da Inglaterra, alagoana fala de esperança e em Maceió, profissional se diz tranquila

Elas estão a quase 9 mil quilômetros de distância, não se conhecem, mas têm algo em comum: foram vacinadas contra a Covid-19. A alagoana Alberig de Barros Marques,  tem 49 anos, mora na Inglaterra e faz parte do grupo prioritário na vacinação. Vanda Farias tem 52 anos, mora em Maceió e trabalha na área de saúde. Ao Eufemea, elas contaram da emoção que é receber o imunizante contra o vírus tão temido, que colocou a humanidade diante do maior desafio do século: a pandemia do coronavírus. 

Vanda tem formação acadêmica em publicidade e propaganda, mas atualmente trabalha como assistente administrativo em uma Unidade Básica de Saúde.“Trabalho na Unidade Docente Assistencial Dr. José Lages filho da Universidade Tiradentes há 4 anos. Trata-se de um posto de saúde inserido na Universidade, o qual atende a comunidade próxima”, ela conta, ao falar sobre o temor de ser contaminada  

“Sempre há um certo temor, mas estamos seguindo rigorosamente o protocolo de Covid-19. Isso dá uma certa tranquilidade, porém no começo fiquei bastante assustada”, diz. 

Vanda se prepara agora para receber a segunda dose de coronavac: “Infelizmente o processo ainda é lento no país”

No dia 22 de fevereiro ela recebeu a primeira dose da coronavac e a segunda dose deve ser aplicada no dia 15 de março. Quanto ao sentimento, Vanda revele que é alegria.  

“Alegria e tranquilidade, porém pensando nas pessoas que ainda não tiveram a oportunidade. Infelizmente o processo ainda é lento no país”. 

À população, ela manda a seguinte mensagem: “Sejam pacientes e aguardem tomando todos os cuidados necessários. Em breve chegará a sua vez. Pensem nos que te amam e convivem com vocês. Vamos nos unir para vencer a covid!”. 

Vacina e lockdown 

A alagoana Alberig de Barros  conta que mora fora do Brasil há 17 anos, primeiro em Portugal, onde morou 14 anos, e atualmente na Inglaterra, em Leicester, Birstall. “Meus pais, irmão e outros familiares moram em Maceió. Mudei de País porque encontrei o amor da minha vida, nos casamos e temos dois filhos,  João Daniel, 16 anos e André Filipe, 12 anos” 

Alberig mora em Leicester, tem problema renal e recebeu a vacina Astrazeneca: “Desejo de todo coração que as vacinas cheguem a todos, o mais depressa possível”

Alberig relata que desde “o dia 22 de fevereiro foi anunciado um plano de abertura faseada, que vai do dia 8 de março até 21 de junho, onde até os aeroportos começam a reabrir. Aqui, a maioria das pessoas cumprem as normas, até porque o valor da multa para os não cumpridores é bastante elevado”.  

“Estamos em lockdown provavelmente até 21 de junho, mas a partir de 8 de março,  algumas coisas começam a abrir, a primeira serão as escolas, onde os meninos estão tendo aulas online desde janeiro”. 

Quanto à vacinação, Alberig diz que “existe um programa de vacinação bastante exigente e cumpridor. Começou com os funcionários da saúde, depois os idosos vulneráveis e nos lares, funcionários essenciais ligados à saúde (no caso do meu marido, que é engenheiro de software, numa empresa ligada a um largo espectro de serviços de saúde, medicamentos e home care). A seguir os pacientes altamente vulneráveis,  que é nesse caso que me encaixo, devido ao meu problema renal e ter sido transplantada”. 

Ela e o marido receberam a vacina da Astrazeneca,  “devido a eficácia, facilidade de armazenamento e distribuição”, como conta. “Dando continuidade ao calendário, serão vacinados a partir da idade, do maior ao menor. Já foi vacinado  um terço da população com a primeira dose  e a previsão é concluir todo o programa em julho”, informa a alagoana. 

“O meu sentimento ao ser vacinada foi de extrema felicidade e esperança de dias melhores,  de poder ter mais liberdade de locomoção e com certeza de poder viajar sem muitos medos para ver os meus pais”, diz Alberig. 

Para a população, ela manda a mensagem: “Desejo de todo coração que as vacinas cheguem a todos, o mais depressa possível,  pois estamos perdendo dia-a-dia  pessoas queridas em todos os lugares do mundo e no meu Brasil.  Espero ansiosa que a vacina seja acessível a todos os brasileiros,  ao meu povo alagoano muito rapidamente e que os órgãos governamentais trabalhem arduamente nesse aspecto para que a população seja imunizada”.