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Professora da UFAL recebe prêmio ‘Mulheres Brasileiras na Química’: “Não tem tempo difícil se você ama o que faz”

Foto: UFAL

Já consagrada por suas pesquisas na área, a professora Marília Fonseca Goulart, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) recebe nesta terça-feira o prêmio “Mulheres Brasileiras na Química” 2021. A cerimônia ocorre às 17h, durante cerimônia virtual na 44ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química (SBQ).

A quarta edição do prêmio é oferecido pela Sociedade Americana de Química (ACS, sigla em inglês), em parceria com a SBQ, e vai homenagear Marília, do Instituto de Química e Biotecnologia (IQB), como vencedora da categoria Líder Acadêmica.

Segundo a SBQ, ela foi reconhecida pelo “percurso consolidado no meio acadêmico, tendo feito uma contribuição importante para a pesquisa científica em Química, com um impacto global e social”. A professora tem experiência na área de química e biotecnologia, com ênfase em Eletroquímica Orgânica, Bioeletroquímica e Química Orgânica.

O prêmio

O prêmio reconhece quem teve contribuição para o impacto global e social na pesquisa científica em química. A ideia do é promover a igualdade de gênero em ciência, tecnologia, engenharia e matemática no Brasil.
É realmente gratificante, não só por mim, Marília, mas pelo grupo que formamos.

Esse prêmio representa um reconhecimento para todos e é muito importante também para o Nordeste brasileiro. Isso pode inspirar muitas mulheres, porque também é um prêmio para a mulher, que é sempre muito dedicada. Estou muito feliz em receber essa homenagem. Não tem tempo difícil se você ama o que faz”, diz Marília Goulart.

Além dela, recebem também o prêmio: Rafaela Salgado (UFMG) e Núbia Boechat (Fiocruz).

As vencedoras vão receber um valor em dólar, um SciFinder ID válido por três anos, assinatura gratuita da ACS por três anos, além do certificado de prêmio e troféu.

Destaque

A professora Marília é uma referência na área em que atua e coleciona honrarias. No início do mês, foi destaque na Assembleia Geral da Academia Mundial de Ciências (TWAS, na sigla em inglês), e foi escolhida como membro da TWAS como representante da área de Ciências Químicas.

Marília também já foi vice-presidente da SBQ e, recentemente, foi destaque na lista de pesquisadores mais influentes da América Latina pela AD Scientific Index .

Também em novembro, ela ganhou destaque após ser indicada entre os condecorados com a Ordem Nacional do Mérito Científico, em decreto presidencial de 3 de novembro. Mas ela e outros 21 cientistas recusaram a comenda após o presidente Jair Bolsonaro excluir dois cientistas da lista por questões puramente ideológicas.

Em 2015, ela foi indicada como membro titular da Academia Nacional de Ciências, na área de Ciências Químicas. Marília Goulart é a primeira docente mulher do Nordeste indicada para a função.