Jó Pereira. Foto: Assessoria
Em vídeo divulgado nas redes sociais, nesta quarta-feira (15), a deputada estadual Jó Pereira reafirmou sua pré-candidatura a vice-governadora na chapa encabeçada pelo senador Rodrigo Cunha, defendeu o PSDB, partido ao qual está filiada, e disse que não será calada, estando preparada para combater as manobras, principalmente vindas do grupo Calheiros e seus “acordãos”.
Lembrando que o ex-governador Renan Filho, sua equipe e grupo político creditavam ao PSDB “uma herança maldita” e tratavam os membros do partido como “aqueles do atraso”, a parlamentar defendeu o legado deixado pelo ex-governador Teotônio Vilela Filho, hoje presidente de honra do PSDB.
Jó também explicou as razões que a levaram a mudar de partido na janela partidária, relatando que, enquanto esteve no MDB, sigla pela qual foi eleita, em 2018, como a deputada mais votada do Parlamento Alagoano, nunca foi ouvida, sendo vítima de “perseguição implacável” contra suas iniciativas, projetos e cobranças.
A deputada estadual reafirmou que lutará contra a iniciativa dos Calheiros de tentar lhe calar e tirá-la do processo majoritário: “Nossa Alagoas merece sempre o entendimento a favor de projetos e não ser submetida, ficar refém de um acordão apenas pela manutenção do poder. Alagoas não aceita mais perseguição política contra nós, mulheres”.
“Juntos, com fé, venceremos as artimanhas daqueles quem seguram as cordas dos fantoches, como se pudessem controlar também o destino e a vontade de cada um de nós, alagoanos e alagoanas”, concluiu Jó.
Confira a íntegra da fala que está no vídeo:
Olá, pessoal. Gravo esse vídeo aqui da minha casa, onde estou em quarentena após testar positivo para Covid-19, para reafirmar pra vocês que faço parte da composição majoritária como pré-candidata a vice-governadora no projeto do pré-candidato a governador, Rodrigo Cunha, pelo PSDB, partido de grande contribuição a Alagoas.
Estou preparada para combater manobras e pessoas na tentativa de me calar, principalmente vindo dos Calheiros e seus acordãos.
Estou atenta, forte e determinada, por meio do apoio de muitos, e sempre lutarei pelos meus ideais, pelas prioridades de Alagoas, em conjunto com a população e com todos e todas que desejam construir uma Alagoas mais justa, igualitária, desenvolvida, que vai muito além de obras físicas e distribuição dos suados recursos alagoanos que comprometem o futuro de Alagoas.
O PSDB nos últimos anos foi oposição aos Calheiros, e nunca a Alagoas, pois Alagoas sempre foi e será sua prioridade.
Oposição sim aos Calheiros, tanto que Renan filho e seus principais componentes de governo, tratavam o PSDB como responsável por uma herança maldita, tratavam os membros do partido como aqueles do atraso.
E vejam bem, logo o PSDB, que iniciou as duplicações de rodovias necessárias; tratamento digno e nutricional às gestantes e aos seus filhos na primeira infância; retomada do desenvolvimento com atração de diversas empresas e hotéis; políticas de desenvolvimento local através dos arranjos produtivos; formulação e encaminhamento da renegociação da dívida do Estado conquistada em Brasília por essas diretrizes, entre tantas outras contribuições.
Esse é o PSDB chamado de herança maldita por uma retórica panfletária, de um projeto de poder pelo poder dos Calheiros.
Sou pré-candidata no PSDB a um cargo majoritário, porque parcelas da sociedade, entre elas milhares de mulheres alagoanas, me motivam e me acompanham, sendo sempre uma alegria e reforço de motivação os nossos contatos com essa gente batalhadora, em todas as regiões de nossa Alagoas.
São parcelas do empresariado, de setores acadêmicos, do cooperativismo, da agricultura familiar, de conselheiros dos mais diversos setores, com representação em conselhos da sociedade.
Ser majoritária, desafio aceito desde o dia em que me filiei, com o acolhimento do presidente de honra Teotônio Vilela e do vice-presidente, presidente em exercício, o deputado federal Pedro vilela.
Fui recebida com palavras de carinho e entusiasmo, pois todos sabiam que seria pré-candidata no projeto do senador Rodrigo Cunha, nessa nova sigla partidária.
E confirmo a alegria, de ser justo o PSDB, partido no qual membros de minha família conquistaram grandes melhorias de qualidade de vida para milhares de alagoanos, principalmente os mais necessitados.
O projeto nosso desde o início, já nas filiações, teve Rodrigo e eu, Jó Pereira, para os cargos majoritários do executivo, e lá juntaram-se forças partidárias como PSB, UB, PP, de imediato, e tantos outros que dialogamos no sentido de fortalecer o projeto, como o PDT, de Ronaldo Lessa, que recentemente apontou o apoio às nossas pré-candidaturas, de governador e vice-governadora.
Quando me desliguei do MDB, partido que me elegi deputada mais votada de Alagoas, votação obtida pelo meu trabalho, coerência, independência e principalmente pelo grande apoio popular, tendo voto em todos os 102 municípios, relatei as razões da saída em carta ao presidente Renan Calheiros. Nela apontei que apesar de ser a deputada mais votada, nunca FUI OUVIDA pelo comando do executivo estadual, Renan filho, do MDB, em um diálogo produtivo a favor de Alagoas.
Pelo contrário, houve uma perseguição implacável contra as minhas iniciativas, projetos e sempre contrária a minha visão de que Alagoas exige do Poder Executivo necessariamente elaboração de diagnósticos, ter planejamento, fazer com intersetorialidade e simultaneidade, conquistando assim políticas públicas perenes no sentido de vencer os enormes desafios históricos, que impedem Alagoas de alcançar, realmente, o seu desenvolvimento sustentável.
Enfim, houve um bloqueio a essa minha atuação, de visão clara de que a nossa Alagoas pode mais, muito mais além de obras de cimento e areia, e sim, ser uma Alagoas mais inclusiva, justa e desenvolvida para todos.
Bloqueio esse traduzido em vetos a projetos de leis, não acatamento de importantes indicações, ausência de respostas a inúmeros pedidos de informações, que eram ignorados ou respondidos de forma rasa ou incompleta, apesar da existência de lei que garante o acesso às informações.
Além desse comportamento do executivo, Renan filho, me excluindo do fazer, do realizar, do dialogar, no partido MDB, presidido por Renan Calheiros, nunca foi cogitado o meu nome para qualquer posição majoritária, não sendo nem motivo de diálogo dentro do partido. E pior: foi criada uma candidatura pelos donos do MDB através de um acordão, que discordamos em forma e conteúdo, não sendo ao nosso ver alternativa para Alagoas.
Daí a minha decisão de sair do partido na janela partidária.
Todos em Alagoas que acompanham minha trajetória política sabem que defendo a democracia e o diálogo produtivo, instrumentos que constroem soluções, pontes e caminhos.
Entendo que o PSDB seguirá esse caminho, pois sua história é rica em debates a favor de Alagoas. Foi assim que Teotônio Vilela foi várias vezes reconduzido ao Senado, teve um projeto de governo aprovado em duas eleições, e na recente história o PSDB teve a eleição histórica do jovem Rodrigo Cunha, filho da também tucana e primeira mulher a ocupar o cargo de deputada federal, retirada da cena política e da convivência com seus familiares, amigos e milhares de eleitores pela violência descabida e perigosa para Alagoas.
Confio no partido e em seus membros, saberemos construir o fortalecimento desse projeto por Alagoas.
Mantenho a cabeça erguida, sei como foi o início de tudo, e lutarei contra essa iniciativa dos Calheiros de tentar me calar e me tirar do processo majoritário. Nossa Alagoas merece sempre o entendimento a favor de projetos e não ser submetida, ficar refém de um acordão apenas pela manutenção do poder.
Alagoas não aceita mais perseguição política contra nós, mulheres.
Afinal, a arte da boa política é diálogo produtivo, projetos, coerência e o desejo maior de fazer o melhor para todos nós alagoanos.
O PSDB tem lado, tem história, tem posicionamento a favor de Alagoas.
E como membro defenderei incansavelmente esse entendimento de que o projeto construído no partido pelo ex-presidente Rodrigo Cunha, agora contando comigo na sigla, será mais uma grande contribuição a Alagoas, e tudo faremos democraticamente, para Alagoas e o PSDB escolherem o melhor para o futuro partidário e do Estado, pelo voto democrático sempre.
Obrigada pela atenção, e juntos, com fé, venceremos as artimanhas daqueles quem seguram as cordas dos fantoches, como se pudessem controlar também o destino e a vontade de cada um de nós, alagoanos e alagoanas.
Um beijo no coração.
*com Assessoria