Foto: Assessoria
A vereadora por Maceió, Teca Nelma, denunciou ter sido vítima de violência política praticada pelo deputado estadual Antônio Albuquerque, no palanque de inauguração do comitê do candidato à Governador de Alagoas, Rui Palmeira, em Arapiraca. O caso aconteceu na sexta-feira (19).
Em vídeo que circula nas redes sociais, o deputado, durante discurso no evento, diz que “quem não respeita a família, quem não defende os costumes cristãos, quem não tem responsabilidade com esses princípios morais não pode sequer ter a ousadia de se tornar representante do povo”. No momento, a vereadora rebate com um “pode sim”.
Irritado com a interrupção, o deputado afirmou lamentar o posicionamento de Teca: “eu nem sabia que a senhora não gostava de Deus e não respeitava a família”. Teca, então, questiona em qual momento teria dito isso.
Hoje, a vereadora se pronunciou sobre o caso e disse que “essa é uma velha prática da intolerância da direita”. “Fizeram isso no passado contra Fernando Henrique Cardoso, e ainda repetem contra Lula e Boulos. A Constituição de 1988 já resolveu esse problema, garantindo a liberdade religiosa. Quando o AA ameaçou a ser candidato a governador veio pedir nosso apoio. Claro que nem cogitamos isso”, declarou.
Nas redes sociais, Teca destacou ainda que o deputado está espalhando nas redes sociais “trechos da violência política” da qual ela foi vítima em Arapiraca. “AA me atacou e aos gritos dizia que eu não respeitava a família alagoana nem Deus, incitando o público contra mim”.
“Na verdade, isso é o desespero da decadência do coronelismo. Não tenho medo de você, deputado. Trago a coragem do respeito às leis e à Constituição. Minha mãe, a deputada federal Tereza Nelma, foi cerceada por homens armados. Fui chamada de espírito maligno e tentaram me calar. Vou continuar a fazer parte da política do bem. Nós, as mulheres, somos maioria e temos muito a dizer. Eu defendo a democracia, a pluralidade da família e combato a intolerância religiosa. Nós vamos vencer”, completou.
Já a deputada federal Tereza Nelma, disse estar “transtornada, em choque”. “Trato de violências políticas contra as mulheres em muitas partes do Brasil. Nunca imaginei que iria sofrer ataques tão grosseiros contra a minha filha, em Arapiraca, cidade onde nasci. É cruel ver uma filha, com a formação humanista da Teca, ser chamada ‘espirito maligno'”, diz.
