Colabore com o Eufemea

Gerente de Educação e Promoção em Saúde de Maceió participa do I Workshop sobre Automutilação nas Escolas

Profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) participaram nesta segunda-feira (8), no auditório da pasta, do ‘I Workshop sobre Automutilação nas Escolas’.

Conforme a SMS, a oficina teve o objetivo de fazer a construção e validação de tecnologia educacional (aplicativo) para identificação, abordagem e acompanhamento de crianças e adolescentes com automutilação nas escolas – projeto de autoria de Verônica Alves, docente do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). 

Além dos servidores da SMS, o workshop contou com a participação de profissionais da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Conselho Tutelar e Ministério Público Estadual.

Eles se dividiram em grupos para discutir e, posteriormente, apresentar as causas e as consequências da automutilação nas crianças e adolescentes, além de abordar os conhecimentos que os professores devem ter para fazer o acesso ao aplicativo e quais organizações precisam estar envolvidas durante o processo de acolhimento e encaminhamento desse público às unidades de saúde do Município. 

Segundo a professora Verônica Alves, reuniões com diversos órgãos foram preconizadas para discutir a automutilação nas escolas e elaborar a construção do produto final do projeto.

“O nosso produto final é elaborar uma cartilha e um aplicativo que auxiliem os professores diante de casos de alunos com automutilação. Para realizar a construção dessas ferramentas, preconizamos reuniões semestrais com profissionais da Saúde, da Educação, Conselho Tutelar e Ministério Público para que possamos discutir essa temática”, explica a docente. 

Professora de Enfermagem da Ufal, Verônica Alves, apresenta criação de aplicativo. Foto: Ascom SMS
Professora de Enfermagem da Ufal, Verônica Alves, apresenta criação de aplicativo. Foto: Ascom SMS

“Enquanto instituição pública federal, estamos recebendo muitos pedidos de ajuda dos professores do Município sobre o que fazer diante de casos de automutilação nas escolas. Em razão desse anseio dos profissionais, pensamos em elaborar esse projeto para encontrarmos ferramentas que os auxiliem a ter mais conhecimento sobre o tema e saber conduzir essas crianças e adolescentes aos cuidados necessários”, complementa.

A gerente de Educação e Promoção em Saúde da SMS, Adriana Paffer, destacou a importância de discutir a automutilação nas escolas com diversos órgãos da capital. 

“A temática do workshop foi extremamente importante, visto que a automutilação nas escolas é uma problemática que vem crescendo a cada ano. Em 2019, incluímos no Programa Saúde na Escola a temática de promoção da saúde mental e identificação de estudantes com possíveis sinais de alteração. Isso se deu justamente pelo aumento dessa demanda nas escolas. Discutir esse tema com demais setores é necessário, pois é um assunto multicausal. Além disso, crianças e adolescentes que sofrem com a automutilação precisam de toda uma rede de proteção que deve ser acionada para tentar intervir na solução desse problema”, afirma.

*Com SMS