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Apoiadora do Bolsonaro que atropelou cinco e causou morte de homem após resultado das eleições tem liberdade concedida em AL

Foto: Reprodução

A mulher de 41 anos, presa pela Polícia Civil na segunda-feira (31), após atropelar cinco pessoas e causar a morte de uma delas, na noite de domingo (30), na cidade de Anadia, em Alagoas, teve liberdade condicional concedida após audiência de custódia.

A motorista, que não teve a identidade divulgada, confessou em depoimento que havia bebido devido ao resultado das eleições. Ela é apoiadora do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com informações policiais, a mulher é professora e reside em Maceió, no bairro do Benedito Bentes, parte alta da cidade.

Liberada em audiência de custódia, a mulher terá que obedecer algumas medidas cautelares. Ela terá que comparecer mensalmente ao juízo, teve a Carteira de Habilitação suspensa, terá que informar uma eventual mudança de seu endereço e não poderá se ausentar da comarca de Maceió por período superior a oito dias, sem comunicar de forma prévia à Justiça.

A mulher foi liberada do pagamento da fiança, de 20 salários mínimos, medida que poderia ter sido aplicada neste caso, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O caso é tratado como homicídio culposo na direção de veículo automotor sob a influência de álcool.

O caso

O acidente aconteceu por volta das 21h30, quando um grupo de pessoas estava na Praça Doutor Campelo de Almeida, no Centro de Anadia, comemorando a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma caminhonete Hyundai Tucson, avançou contra os manifestantes e provocou ferimentos em cinco deles.

José Augusto Correia, de 40 anos, ainda foi socorrido, mas já chegou à Unidade de Emergência do Agreste, em Arapiraca, em óbito.

José Eraldo Macedo, de 32 anos, está na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) daquele hospital, em estado grave.

Rendrik Wesley foi atendido na UE do Agreste, sendo liberado. Outras duas pessoas não precisaram receber cuidados médicos.

Um teste de alcoolemia apontou que a mulher tinha ingerido bebida alcoólica, e ela própria admitiu o fato, afirmando que havia bebido em comemoração do resultado das eleições.

Após os atropelamentos, a população destruiu parcialmente o veículo da mulher.