Foto: Jorge Santos
O Grupo Despertar, projeto da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris),
lança uma reflexão sobre crimes cometidos no ambiente familiar e pode proporcionar maior compreensão dos comportamentos e poder ressignificá-los.
O projeto está em andamento sob responsabilidade da Central de Alternativas Penais (Ceapa). De acordo com Sônia Melo, chefe da Ceapa, “o principal desafio é a conscientização do agressor sobre a agressão praticada. Pois, a partir do momento que tomam consciência, encarar a realidade para mudar é o próximo passo”, destaca.
Questionada sobre a meta da Ceapa ao viabilizar essa ação junto aos autores de agressão, Sônia lembra que a Central contribui para a conscientização e possíveis mudanças de comportamento, com isso, diminuir os índices de violência contra mulheres e reincidências.
“A principal arma é a educação e desconstrução do machismo estruturado da nossa sociedade. Tendo em vista, que a maioria dos homens tem a ‘permissão’ social de agredir a mulher. Trabalhar gênero e identidade é um dos pilares da possível mudança de comportamento dos homens autores de violência”, explica a chefe da Ceapa.
Vários encontros já foram promovidos graças ao projeto Grupo Despertar, que contou com a participação de policiais militares do projeto Juntos Por Elas, da Patrulha Maria da Penha, além de psicólogas e advogadas, além de representantes da própria Central de Alternativas Penais (Ceapa), que abordam dentre outros temas a Lei Maria da Penha.
O Grupo Despertar promove abordagens no enfrentamento às expressões da violência doméstica e familiar contra a mulher. Os momentos buscam também despertar uma reflexão nos agressores sobre suas atitudes, sensibilizando-os para o possível rompimento do ciclo de violência e reincidência.
Dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) mostram que em 2021 foram registrados 5.741 casos de violência doméstica. Foi observado que, dos 102 municípios alagoanos, 97 registraram ocorrências de violência doméstica.
A Ceapa conta com sua equipe multidisciplinar como facilitadoras composta por psicóloga, assistente social e advogada, além da parceria da professora Dra. Marli Araújo (professora da Ufal e pesquisadora de temas como educação em direitos humanos, violência doméstica e políticas públicas para as mulheres) e com o programa “Juntos por Elas” da Patrulha Maria da Penha, por meio de acordo de cooperação.
*Com Assessoria