Foto: Allan César/Secom Maceió
Os 20 anos de implementação da Lei n°10.639/03, que torna obrigatória o ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras nas escolas públicas e privadas de Ensino Fundamental e Médio foram discutidos, na segunda-feira (9), na sede da Secretaria de Assistência Social de Maceió (Semas). O debate foi conduzido a partir de uma roda de conversa promovida pelo Instituto Raízes da África.
A coordenadora da Igualdade Racial da Semas, Andrielly Hamonna, ressaltou que a Assistência Social precisa ficar aberta a esses tipos de debates. “Hoje estamos comemorando uma data importante. São 20 anos da lei que promove o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana nas escolas públicas e privadas”.
“É muito importante trazer essas reuniões para a secretaria, pois trabalhamos com a coordenação da Igualdade Racial e toda temática voltada para esse assunto é de extrema importância para a sociedade. As portas da Semas estão abertas a debates, reuniões e ações que promovam a igualdade racial no Município”, frisou a coordenadora.
Participaram da atividade representantes do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública Estadual, do Instituto Federal, Universidade Federal de Alagoas e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes). A secretária-adjunta de Educação de Maceió, professora Emília Caldas, também esteve presente na reunião e destacou a importância de tratar a História e a Cultura Afro-Brasileira nas escolas públicas.
“É uma iniciativa necessária, urgente e muito importante para o município de Maceió e para a educação como um todo, pois institui essa política pública antirracista. Nas escolas, ela tem um peso muito grande e é de muita importância. Nós já atuamos através de um núcleo que existe na Educação, no sentido de fazer a formação dos professores e levar essa temática para as escolas. Mas ainda deve ser abordado com mais frequência, pois ainda existe muito do racismo estrutural nesse ambiente, por isso deve ser combatido”, afirmou Emília.
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Ativista e militante da igualdade racial e dos direitos da pessoa preta, Arísia Barros, membro do Instituto Raízes da África, avaliou a reunião e falou sobre o potencial de promover o antirracismo em todo o estado.
“Foi uma reunião produtiva, com participação de instituições de ordem pública, nas esferas federal, estadual e municipal. Fico feliz pois é a partir desse momento que há grande possibilidade de fazer com que Alagoas assuma esse potencial das ações antirracistas”, pontuou Arísia.
*com Ascom Semas