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Mulher é agredida durante abordagem policial em Sergipe: “me derrubou, puxou meu cabelo e deu um murro”

Momento em que mulher é agredida pelo policial. Foto: Arquivo pessoal

Uma jovem, de 23 anos, foi agredida com um soco no rosto por um policial militar durante uma confusão em uma cavalgada realizada nesse domingo (5), no município de Cristinápolis, em Sergipe.

A Polícia Militar informou que o evento era ilegal e que foi acionada por populares para ir até o local por causa de barulhos de escapamento de motocicletas.

Segundo Cleidiane Oliveira, durante a abordagem, a moto da companheira dela caiu e quando ela foi levantar, os militares a teriam ameaçado. Cleidiane então começou a filmar a ocorrência.

“Aí o policial veio para cima de mim. Ele me derrubou, puxou meu cabelo. Depois me deu um murro”, disse. Após o soco, ela caiu no chão.

Cleidiane disse ainda que pegou uma pedra, mas não jogou — versão que foi contestada pela PM.

Em nota, a corporação disse que os agentes ordenaram que a mulher desligasse a moto e saísse do veículo, que estava sem placa e sem escapamento, mas ela se recusou.

“Alguns populares presentes incitaram uma revolta contra a guarnição. A condutora, então, passou a xingar os policiais militares e, ato contínuo, se apossou de uma pedra e arremessou na direção dos policiais. Ao tentar arremessar novamente a pedra contra a guarnição, um dos militares, agindo em defesa própria e dos companheiros, utilizou uma ação mais enérgica para repelir a injusta agressão perpetrada por essa pessoa”, explicou a nota.

Em uma rede social, o governador do estado, Fabio Mitidieri, disse que pediu rigor na apuração da ocorrência.

“Não admitimos violência contra a mulher em nenhuma hipótese! Ao tomar conhecimento do ocorrido durante cavalgada de Cristinápolis, determinei ao secretário de Segurança Pública que a Corregedoria da PM apure com rigor o fato!”, escreveu.

O secretário da Segurança Pública, João Eloy, determinou que a Corregedoria da Polícia Militar apure o ocorrido.

A mulher foi levada à delegacia, assinou um Termo Circunstanciado e foi liberada em seguida. A defesa de Cleidiane Oliveira informou que acionará a Justiça contra o policial suspeito da agressão.

*com G1 Sergipe