“Estou no caminho certo para chegar no objetivo de ter o nosso filhinho ou a nossa filhinha”, disse Ângela dos Santos, participante do curso de habilitação e preparação de adoção lecionado pela equipe multidisciplinar da 1ª Vara da Infância e Juventude de Rio Largo. Cerca de 30 postulantes participaram da formação, na segunda-feira (27).
Ângela morava em São Paulo em 2006, quando adotou uma criança de maneira irregular. A Justiça determinou que ela entregasse o menino a um abrigo e entrasse em uma fila de espera. “Nunca mais vi aquela criança. Foi muito frustrante, porque eu queria cuidar dele e dar amor. No momento que peguei aquele menino senti a necessidade dele de ser cuidado, e depois veio o conselho e me tirou a alegria que eu estava sentindo”.
Há dois anos, Ângela se mudou para Alagoas e se casou. Junto com o marido, ela busca uma nova chance de adotar. Dessa vez, seguindo todas as regras da justiça. “Começar pelo caminho certo. Não adianta pegar atalho, porque você pode se frustrar como foi comigo. Eu tentei e acabei perdendo a benção, mas hoje estou indo pelo caminho certo”, contou.
Segundo a psicóloga Maria Sandra, o objetivo do curso foi proporcionar o conhecimento e sanar dúvidas relacionadas ao processo de adoção. “São pessoas que já estão na caminhada de esperar a criança, sabendo que existe uma fila e deve respeitar quem está no início. Essas pessoas estão interessadas e colocando o pé no chão das dificuldades que podem enfrentar”.
Cristiane Gerbase, assistente social da Casa Lar do município de Murici, compareceu ao curso para ampliar os conhecimentos e poder oferecer um atendimento melhor. “A partir do que está sendo passado despertamos para algumas coisas importantes, principalmente na questão da legalidade e também podemos ser multiplicadores dessas informações para aqueles que nos procuram”, afirmou.
O curso foi organizado em cinco módulos e atingiu pretendentes que moram nos municípios de Rio Largo, Atalaia, Boca da Mata, Cajueiro, Capela, Pilar, Santa Luzia do Norte e Viçosa.
*Com Assessoria