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Tantra é sexo? Terapeuta explica prática de autoconhecimento: “emocional, mental e espiritual”

Autoconhecimento, energia sexual vital e equilíbrio são apenas alguns dos princípios do tantra, filosofia sagrada que envolve técnicas específicas com o objetivo de expansão do conhecimento espiritual.

Ao Eufêmea, a terapeuta tântrica, Thays França, explica que o tantra vem do tantrismo, um movimento pan-indiano que teve como objetivo a expansão do conhecimento, entendendo o corpo físico como um templo para a conexão com o transcendente. A filosofia milenar influenciou várias culturas e religiões, a exemplo do Budismo, Hinduísmo e Jainismo.

O que é tantra?

De acordo com a terapeuta, o tantra é dividido em duas vertentes: milenar e neotantra. Ela explica que ambos utilizam o mesmo caminho, porém com objetivos diferentes.

“Em vários textos tântricos é salientada a importância de se cultivar o tantra milenar no propósito de cura, as feridas da alma humana quando não acolhidas e cuidadas envenenam o ser,  criando também um caminho para doenças patológicas, transtornos e bloqueios emocionais”, alerta.

Autores populares como o guru indiano Osho e seus seguidores difundiram o que se chama de Neotantra. Thays conta que essas transformações se iniciaram devido à tendência para a parte física, de maneira oposta à busca espiritual.

“Muitos de seus adeptos consideram as práticas tântricas  simplesmente como uma forma de renovar a própria intimidade e seus relacionamentos românticos”, explica.

Para ela, o tantra tem como objetivo o desenvolvimento do ser humano em seus aspectos físico, emocional, mental e espiritual. A filosofia tântrica permite ampliar a capacidade de liberar e expandir a energia vital, com o objetivo de elevar a um novo estado de percepção e consciência da própria existência.

Como praticar?

As práticas tântricas podem ser iniciadas através da terapia, massagem tântrica, meditação, hipnose e yoga. No entanto, para praticar o tantra é preciso ter responsabilidade e entender o propósito. “Não importa qual foi a sua vivência, o importante é haver conexão entre prática e receptor, esse é o primeiro passo em direção a cura”.

“Todo ser vivente pode e deve vivenciar o tantra, seja para obter a cura de traumas

e/ou transtornos psicoemocionais, doenças patológicas, como também  a busca e conhecimento da sua verdadeira essência, do seu eu interior”, continua a terapeuta.

O tantra ajuda no tratamento de depressão, abusos sexuais, baixa autoestima, transtornos de ansiedade generalizada, personalidade dependente, bipolaridade, compulsão mastubatórias, luto e entre outros.

“Isso ocorre através da reconexão das sinapses neurais, estimulando a liberação dos chamados hormônios da felicidade”, explica.

Conheça os outros benefícios da prática:
  • Auxilia no tratamento das disfunções sexuais:

Auxilia na baixa libido, anorgasmia, dispareunia, vaginismo, bartholinite, ejaculação precoce, impotência sexual, disfunção erétil dentre outros. Os estímulos ajudam a tonificar os músculos sexuais, tratando estes e outros problemas.

  • Encoraja o autoconhecimento:

Por ser uma prática matriarcal, é um dos benefícios mais interessantes para as mulheres e incita a ter autoconfiança, já que estimula sentimentos de autoestima, felicidade, alívio e amor próprio. “O desenvolvimento do autoconhecimento é um dos pilares do universo tântrico levando todo processo a outro patamar”, finaliza a terapeuta.

Rebecca Moura

Rebecca Moura

Estudante de Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas e colaboradora no portal Eufêmea, conquistou o primeiro lugar no Prêmio Sinturb de Jornalismo em 2021. Em 2024, obteve duas premiações importantes: primeiro lugar na categoria estudante no 2º Prêmio MPAL de Jornalismo e segundo lugar no III Prêmio de Jornalismo Científico José Marques Melo.