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Campanha “Amigos da Voz”: Fonoaudióloga dá dicas para manter uma boa saúde vocal

O Dia Mundial da Voz é celebrado no dia 16 de abril e, este ano, a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa) lança a campanha Amigos da Voz, com o tema Voz: conexão sem fronteiras.

Para conscientizar e alertar para os cuidados com a saúde vocal, a especialista em voz Gabriela Sóstenes, professora da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), dá dicas para que a voz continue sendo instrumento imprescindível da comunicação, rompa fronteiras e ofereça infinitas possibilidades de uso a todas as pessoas.

“O objetivo da SBFa é trazer consciência a respeito da saúde vocal e do seu papel essencial no contexto da comunicação humana. Ao trazer a temática da conexão sem fronteiras, a Sociedade destaca que a voz expande nossos limites e amplia nossas possibilidades de conquistas, mas para isso é preciso de cuidados”, contextualiza a fonoaudióloga Gabriela Sóstenes.

Foto: Ascom Uncisal

Apesar de nem sempre ser identificada como algo a ser cuidado ou tratado, a saúde da voz demanda atenção. Afinal, a disfonia (problema com a voz) é identificada quando há dificuldade na produção natural da voz, comprometendo o desempenho satisfatório da fala, tanto na sua comunicação interpessoal como na profissional. Por isso, é preciso estar atento a alguns fatores de risco, como: 

Fumar;

Gritar, falar alto, falar muito; 

Falar em ambientes ruidosos;

Bebida alcoólica em excesso; 

Falar com esforço; 

Pigarro e tosse constantes;

Uso de drogas; 

Hidratação insuficiente; 

Dieta inadequada;

Cantar sem técnica (professor de canto e fonoaudiólogo).

“É importante alertar que a disfonia pode ser sinal ou mesmo sequela de diversos tipos de cânceres de cabeça e pescoço. A associação de tabagismo e etilismo pode aumentar em até 40 vezes o risco de carcinoma de cabeça e pescoço”, complementa Gabriela Sóstenes.

Qualquer sinal de alterações da voz por mais de 15 dias, é importante procurar a orientação profissional tanto para o diagnóstico como para o tratamento. 

“O fonoaudiólogo pode receber este paciente com as primeiras queixas, orientar e encaminhar para uma avaliação médica com o otorrinolaringologista. Uma vez identificada a causa do problema, inicia a terapia de reabilitação fonoaudiológica que se soma às orientações médicas”, ressalta Gabriela Sóstenes.

Curso de fonoaudiologia é ofertado em Alagoas pela Uncisal

A coordenadora do curso de Fonoaudiologia da Uncisal, Marisa Canuto, destacou que a Uncisal oferta o bacharelado com exclusividade no estado.

“Ser o único curso de Fonoaudiologia ofertado no estado é uma responsabilidade. Desde 1997, formamos cerca de 30 alunos, anualmente, e esse formato de turma intermediária garante a qualidade dos profissionais que estão ingressando no mercado de trabalho e a boa assistência oferecida à comunidade”, destacou a coordenadora.

O curso de Fonoaudiologia da Uncisal desenvolve ainda o projeto de extensão Provoz – Promoção da atenção à saúde e bem-estar vocal docente, coordenado pelas professoras Edna Morais e Vanessa Porto. Um dos produtos do projeto de extensão é o manual com orientações voltadas à saúde vocal de professores. O conteúdo está disponível no portal institucional da universidade e pode ser acessado gratuitamente aqui

*com Assessoria