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Mulheres indígenas e quilombolas participam de oficinas para fortalecer as vozes dos povos tradicionais: “histórias de luta”

Foto: Assessoria

Ouvir a população é uma ferramenta democrática indispensável para a criação de políticas públicas, ainda mais quando envolve escutar os povos tradicionais do nosso Estado. Para tanto, o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh), em parceria com o Instituto Arueras, realizaram nos dias 16 e 17, nos municípios de Arapiraca e Palmeira dos Índios, respectivamente, oficinas para ouvir as demandas de lideranças femininas quilombolas e indígenas.

As oitivas têm por objetivo a conclusão do Plano Estadual de Políticas Para as Mulheres. Neste sentido, o Instituto Arueras surge como suporte à Semudh por se tratar de uma organização não governamental e sem fins lucrativos que tem como missão fortalecer direitos de meninas e mulheres, atuando junto a governos e outras organizações da sociedade civil.

“O Plano será de fundamental importância para se chegar às bases com políticas públicas eficazes. Por isso, também é de fundamental importância ouvir nossas mulheres que estão na ponta para entender o que se passa nos territórios”, disse a secretária da Semudh, Maria Silva. “Fico muito satisfeita com a participação de tantas mulheres guerreiras, de poder compartilhar experiências e de ouvir tantas histórias de luta”, concluiu ela.

Eixos temáticos

Representada pela secretária de Estado Maria Silva, a secretária Executiva Dilma Pinheiro, a superintendente de Políticas para a Igualdade Racial, Manuela Lourenço, a superintendente de Políticas para a Mulher, Élida Miranda e o superintendente de Políticas para os Direitos dos Povos Originários, Maynamy Santana, a Semudh e as mulheres do Instituto Aroeiras organizaram oficinas que trataram de sete eixos temáticos: Cultura, Direito à Terra e Meio Ambiente, Educação, Enfrentamento à Violência e Sistema de Justiça, Participação Política, Saúde e Trabalho.

A primeira oficina ocorreu no auditório do Hotel Pequeno Príncipe, em Arapiraca, e contou com a participação de 40 lideranças de 22 comunidades de diversas regiões do estado que relataram os problemas presentes nos territórios onde vivem, da mesma forma apresentaram possíveis soluções em que o governo pode ser útil.

A mesma dinâmica se deu no dia seguinte na aldeia Xucuru-Kariri, localizada no município de Palmeira dos Índios, com lideranças indígenas femininas de diversos grupos étnicos do Sertão à Zona da Mata.

“Ouvir as mulheres de povos tradicionais sempre é uma experiência diferente e de empatia. O Plano Estadual de Políticas para as Mulheres vem para empoderar as mulheres dos centros urbanos, como também para dar total apoio às mulheres que vivem nos territórios tradicionais e que precisam do apoio do Estado”, relatou a secretária Executiva, Dilma Pinheiro.

Para a liderança Maria Aparecida, da aldeia Katokinn, do município sertanejo de Pariconha, o encontro foi de extrema importância e um grande avanço do Governo em escutar as mulheres de povos tradicionais para a confecção do Plano.

 “Levaremos uma discussão muito rica para as comunidades e agradeço o papel que a Semudh vem desempenhando, tendo esse contato, essa aproximação e ouvindo. Acreditamos que esse foi um bom começo nesta nova caminhada”, relatou Maria Aparecida.

O Plano Estadual de Políticas para as Mulheres já possui uma extensa documentação com audiências, reuniões e oficinas com diversas entidades civis e do poder público, autoridades, povos tradicionais e muitos outros que colaboraram na criação e no conteúdo do documento.

*Com Assessoria