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“Uma dor silenciosa”: Psicóloga alerta sobre abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, em Maceió

Foto: Assessoria

Após dias de atividades de conscientização em maio, mês reservado ao debate sobre abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, a Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) realizou nesta terça-feira (30) mais uma ação, dessa vez, no bairro Farol, em Maceió.

A iniciativa em alusão ao Maio Laranja – a blitz Maio Laranja – aconteceu nas imediações do Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa).A Campanha Maio Laranja é um momento importante de conscientização para proteger e cuidar das crianças e adolescentes, que servirá de incentivo à participação da sociedade na prevenção da violência e exploração sexual contra menores.

“Hoje a gente fecha a nossa programação do Maio Laranja, onde lembramos que no dia 18 é o Dia Nacional do Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, essa que é uma das piores marcas deixadas por um adulto nas crianças porque ameaçam com diversos tipos de agressão. Gera uma dor silenciosa para o resto da vida”, destaca a secretária Executiva de Política de Ressocialização da Seris, psicóloga Cláudia Simões.

“Os abusadores, segundo estatística, são os parentes mais próximos, o pai, os tios, os avós, os primos e depois vem o padrasto, os amigos próximos. Então é muito importante que esse tema seja abordado nas escolas, que esse tema seja abordado pelos pais com seus filhos e, infelizmente, esses abusadores em sua maioria foram abusados, gerando esse ciclo doentio, perverso”, acrescentou.

Onde denunciar

O principal canal de denúncia é o Disque 100, que é um serviço de atendimento telefônico gratuito, que funciona 24 horas por dia, nos sete dias da semana. As denúncias são recebidas, analisadas, tratadas e encaminhadas aos órgãos responsáveis.

Já a Rede de Atenção às Violências (RAV) tem o objetivo de estruturar, de forma descentralizada, uma rede intra e intersetorial, agregando serviços voltados ao acolhimento e atendimento integral e humanizado às vítimas de violência sexual, envolvendo as áreas de saúde, assistência social, segurança pública, justiça e entidades da sociedade civil.

“No caso da exploração sexual, as pessoas que têm poder aquisitivo menor elas usam as crianças e os adolescentes para dali tirarem sua renda por muito pouco. Principalmente na periferia e nos municípios é muito comum você encontrar crianças e adolescentes que se vendem ou que suas próprias mães as vendem, por R$ 5 ou R$ 10. É algo que precisa ser combatido e que a gente só vai conseguir minimizar com todas as forças unidas, desde a educação, a saúde e a segurança”, conclui a secretária.