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Marta se emociona e chora ao falar sobre seu legado no futebol feminino: “Há 20 anos, ninguém me conhecia”

Foto: Internet

Durante uma coletiva de imprensa, na madrugada desta terça-feira (1), a jogadora alagoana Marta emocionou a todos que estavam presentes quando falou sobre seu impacto no futebol feminino. Ela também comentou sobre a partida contra a Jamaica (que será amanhã, às 7h) e revelou seu desejo de ser titular. A coletiva pode ter sido sua última coletiva de imprensa em uma Copa do Mundo.

Marta compartilhou suas experiências como uma pioneira no futebol feminino, lembrando que não tinha uma referência quando começou sua carreira, e como as coisas mudaram ao longo dos anos. “Eu não tinha uma ídola no futebol feminino. A imprensa não mostrava o futebol feminino. Como eu ia entender que eu poderia ser uma jogadora, chegar à seleção, sem ter uma referência?”, ela questionou.

“Hoje a gente sai na rua e os pais falam: “Minha filha quer ser igual a você”. Hoje temos nossas próprias referências. Não teria acontecido isso sem superar os obstáculos. É uma persistência contínua. A gente pede muito que a nossa geração continue assim.”

Emocionada, Marta afirmou: “Há 20 anos, em 2003, ninguém conhecia a Marta. Em 2022, viramos referência para o mundo inteiro. Não só no futebol, mas no jornalismo também. Hoje vemos mulheres aqui, o que não tinha antes. A gente acabou abrindo portas para a igualdade”.

Quando perguntada sobre o confronto contra a Jamaica, Marta garantiu que o Brasil sairá classificado do jogo.  “Estou tão focada na partida que não parei para pensar que esta pode ser minha última coletiva em uma Copa do Mundo, porque não vai ser. Estou confiante e acredito que vamos seguir na competição.”

Questionada sobre a possibilidade de jogar, Marta expressou seu desejo de ser titular, apesar de ter sido reserva nas duas partidas anteriores da fase de grupos. Ela assegurou que está pronta para entrar em campo e contribuir de todas as formas possíveis para o sucesso da equipe, seja jogando os 90 minutos ou o tempo que a técnica decidir colocá-la em campo.

Marta reconheceu o favoritismo do Brasil, mas também destacou a importância de respeitar o adversário e que o futebol é decidido dentro das quatro linhas, onde a competição é igual para todos. Ela enfatizou a necessidade de se apresentar bem em campo e executar o plano de jogo para garantir o avanço no torneio.

*com informações do Terra