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Cofundadora do Eufêmea, Raíssa França recebe prêmio Troféu Mulher Imprensa na categoria Nordeste em SP

A jornalista e cofundadora do portal Eufêmea, Raíssa França, recebeu nesta quinta-feira (28) o Troféu Mulher Imprensa em São Paulo, na categoria Nordeste.

Em um emocionante discurso de aceitação, Raíssa França compartilhou suas raízes e a importância de sua jornada pessoal. “É uma honra participar deste momento tão importante para todas nós, principalmente para mim. Uma jornalista que vem de uma terra de mulheres fortes: Dandara, Marta e Nise da Silveira. Venho de Maceió, Alagoas”.

Uma parte da equipe do Eufêmea. Na foto: Elen Toledo, Raíssa França e Berg Dantas.

A jornalista, que usou um vestido desenhado e pintado pela artista alagoana Joyce Nobre, também ressaltou o trabalho da artista. “Trago comigo todo o Nordeste que está estampado no meu vestido que foi desenhado por uma mulher preta, periférica e artista, Joyce Nobre.”

Ela também destacou o significado de sua vitória para todas as mulheres que a apoiaram ao longo de sua carreira. “Sou uma, mas não sou só. E não estou só. Carrego comigo várias mulheres que me antecederam e que derrubaram tantas lágrimas para que nós chegássemos até aqui. Ser jornalista, de um estado pequeno, e ter o propósito de dar voz para tantas mulheres do Nordeste não é uma tarefa fácil. Muitas vezes falta apoio, investimento, olhar de que somos um negócio. Mas, como citei no começo da minha fala, sou uma, mas não sou só. E é isso que me fez caminhar, persistir, resistir.”

Além disso, Raíssa França reconheceu a importância da representatividade e o papel fundamental do portal Eufêmea. “Trago comigo a força feminina, a mudança, a representatividade de todo Nordeste, parabenizo a todas as finalistas que estiveram na categoria Nordeste. Hoje, não é só o portal Eufêmea que ganha. Ganha cada mulher que já passou, ao longo desses três anos, pelo Eufêmea, seja através da sua história, seja pelo apoio. Foram mulheres que tiveram a vida transformada.”

Ao final de seu discurso, Raíssa refletiu sobre a jornada do Eufêmea e seu significado pessoal.

“O Eufêmea nasceu para dar voz quando eu não tinha voz. Nasceu para contar história quando eu precisava também contar a minha. Nasceu para ajudar quando eu precisava ser ajudada. No fundo, eu precisava do Eufêmea. A Raíssa, que escutou que morreria de fome se fizesse jornalismo, que alisava o cabelo porque ouviu que o cabelo era feio, que cresceu ouvindo que precisava falar baixo para ser mulher, hoje, grita. E grita alto. Grita pelas mulheres. E não vai parar até que todas sejam ouvidas e vistas.”